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Produtores rurais, comerciantes e moradores do Agreste pernambucano comemoraram a notícia de que a duplicação da BR-423, que liga São Caetano a Garanhuns, vai sair do papel. A estrada é uma das beneficiadas pelo plano de recuperação e construção de rodovias federais e estaduais, anunciado na semana passada.
O trecho que passará por obras começa em São Caetano, passa por Cachoeirinha, Lajedo e Jupi, terminando em Garanhuns. As obras também vão melhorar o acesso a outros municípios, como São Bento do Una e Jucati. A elaboração do projeto executivo está orçada em R$ 7 milhões, recursos que serão repassados pelo Ministério dos Transportes. A obra tem um custo estimado de R$ 500 milhões e a expectativa de início da duplicação é no primeiro trimestre de 2012.
Para a Polícia Rodoviária Federal, a mudança é positiva. “Vai influenciar de duas formas. Primeiro, a fluidez do trânsito. Vai melhorar muito essa fluidez, que aumentou nesses últimos anos. E, em segundo lugar, vai reduzir a quantidade de acidentes, principalmente aqueles acidentes de colisão frontal”, afirma o policial rodoviário federal Israel Andrade.
A duplicação da BR-423 deve trazer ainda oportunidades de crescimento para Garanhuns, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Ornilo Lundgren. “As indústrias hoje da nossa região sentem a necessidade de ter um escoamento mais rápido e de poder acompanhar a concorrência tão acirrada que existe dentro do mercado”, diz o secretário.
A bacia leiteira da região, que produz aproximadamente 40% do leite do Estado, será uma das principais beneficiadas. Nos últimos dois anos, foi registrado um crescimento de 23%: ao todo, são cerca de 360 milhões de litros produzidos por ano.
“Essa BR vai facilitar também os nossos arranjos produtivos, porque nós precisamos sobreviver em cima daquilo que tem de economia sustentável na nossa região. E, sem dúvida nenhuma, isso deverá atrair também geração de empregos na área de comércio e na área de indústrias”, afirma o presidente da Amupe, Antônio Dourado.