Há cerca de quinze dias, o Secretário de Governo de Pernambuco, Milton Coelho, uma das pessoas mais próximas de Eduardo Campos, concedeu uma entrevista ao Jornal do Commercio que acabou ocupando uma página inteira. Falou de diversos temas, dentres eles, a consolidação do nome do governador como candidato a presidente.
Mas o principal objetivo da entrevista, ao menos foi esta impressão passada aos leitores mais atentos à cena política pernambucana, foi dar um freio de arrumação nas pré-candidaturas socialistas que estavam se expondo em demasia para a população e os meios de comunicação, coisa que o governador ainda acha cedo, para qualquer postulante local que queira sua benção no próximo ano. O recado parece ter sido endereçado a Fernando Bezerra, mas acabou resvalando em todos.
A precipitação parece ser prejudicial mesmo, pois coloca na vitrine o produto. Enquanto uns acham as qualidades, outros apontam os defeitos. Em pouco tempo, a agenda negativa de FBC e Antônio Figueira, outro pretendente, foi para as páginas dos jornais. Ambos continuam fortes na peleja, mas já viram que precisam se precaver.
Eduardo só deve apontar o dedo para um de seus auxiliares depois do carnaval, pois sabe ele que qualquer que seja o nome, subirá nas pesquisas como um foguete da Nasa, pois há uma estrutura pronta, do litoral ao sertão, para abraçar a candidatura socialista.
A entrevista serviu para isto, para lembrar que o comando do processo é do governador e pedir cautela aos postulantes, para não queimar etapas nem projetos. A corrida eleitoral e a busca por espaços já está em pleno andamento, e os que desejam encabeçar a chapa do executivo buscam conquistar os eleitores, mas principalmente a confiança e a indicação do governador.
Milton Coelho pode não ter falado pelo governador, mas ninguém o desmentiu.