A visita do governador Paulo Câmara ao ex-presidente Lula, em São Paulo, pegou muita gente de surpresa. Primeiro porque não foi anunciada em sua agenda e segundo porque as relações entre o PSB e o PT eram de distanciamento pós-eleitoral. No entanto, a necessidade de aproximar o governo do estado do governo federal para conseguir recursos que garantam a governabilidade parece ter falado mais alto.
Tem mais, Paulo Câmara não foi ao governo Dilma e nem ao PT, foi a Lula, que parece estar acima das desavenças políticas com os socialistas, o próprio Eduardo Campos fazia esta separação. Câmara afirmou que o partido continua independente, mas se o candidato do PT em 2018 for Lula, pode contar com o partido. Eduardo criticava os rumos do Governo Dilma, que não teria dado continuidade à agenda e ao diálogo implantado por seu antecessor.
Outra versão depois da visita de Paulo a Lula, diz que o ex-presidente, preocupado com os rumos do governo federal, estaria tendo encontros regulares com governadores e ex-aliados, na tentativa de fortalecer Dilma e seu governo neste momento de turbulência. Pode ser, faz sentido. Portanto, uma aproximação onde todos ganham. Câmara já disse que não vê sinais de impeachment da presidente, que vai precisar de todo apoio possível no Congresso, cada vez mais arredio.
Diante do quadro, perguntamos aos nossos e-leitores:
Paulo Câmara acertou em ir ao encontro de Lula?
Sim, para governar Pernambuco precisa do apoio do Governo Federal. 54 votos (64%)
Sim, precisa refazer a aliança com o PT. 10 votos (11%)
Não, dá pra governar Pernambuco sem dependência da União. 9 votos (10%)
Não, o PSB não precisava mais se juntar ao PT. 11 (13%)
Como vemos, por ampla maioria, o encontro do aprovado, mas não pela reaproximação com o PT, acontece pela necessidade em conseguir dinheiro para gerir o estado. As pessoas entendem que não dá para governar Pernambuco sem o apoio federal, portanto, deixa o discurso de oposição para quem está no Congresso Nacional ou não detém mandato. Na Gestão Pública, à frente do executivo, Paulo acertou em ir ao encontro de Lula, na tentativa de chegar mais fácil a Dilma.
