A Câmara Municipal de Garanhuns aprovou esta semana o Projeto de Lei nº 25/2015 que autoriza o Prefeito Izaías Régis a doar à AESGA todo o terreno do antigo Colégio Municipal, incluindo a quadra poliesportiva.
Votaram contra a doação Sivaldo Albino e Paulo Leal.
Sivaldo queria o desmembramento da doação para que a Quadra do antigo Colégio Padre Agobar da Mota Valença, ou simplesmente Colégio Municipal, continuasse sob a gestão da prefeitura e que, depois de reformada, voltasse a ser utilizada pelos desportistas da cidade.
Concordo com ambos. Com a doação e com a defesa da manutenção do espaço de cultura e lazer.
Tentaram colocar as pessoas que pensam como Sivaldo contra a AESGA, como se quisessem impedir seu crescimento. Mas não se trata disso.
Ouvi vereador até dizer que a doação da quadra seria bom para um possível curso de medicina na AESGA. A confusão de defesas só mostrou que os vereadores da base aliada seguiram a indicação feita pelo executivo, e cada um procurou uma justificativa. E só existe uma.
A AESGA precisa do prédio inteiro, e a quadra, ficando independente, seria um problema vindouro. Estudei nos dois turnos na AESGA e quando tinha atividade na quadra, era sempre complicado, pelo barulho natural em competições esportivas. Além disso, é mais fácil a Autarquia crescer naquele prédio do que pensar em um novo Campus, pelo menos neste momento de reequilíbrio financeiro nacional.
Assim, o Colégio, com quadra e tudo, passa a ser da AESGA. Acho natural.
O problema é que Garanhuns não dispõe de equipamentos desportivos condizentes com a comunidade. Não temos Ginásio Municipal e muito menos Estádio Municipal. Os bairros da periferia não têm locais específicos para esportes. Nas últimas duas décadas fomos saturando o Parque Euclides Dourado.
A doação da quadra é uma perda irreparável. Além da sua localização privilegiada, é simbólica, como a mais popular quadra esportiva da cidade. Muitas histórias aconteceram ali, e não estava sendo utilizada, como alguns chegaram a dizer, porque a própria administração pública fechou para uma reforma que nunca terminou. A doação foi feita por pessoas que não entenderam esta necessidade, talvez nunca tenham jogado volei, futsal ou até handebol ali.
Assim, perdemos todos.
O que faltou foi uma compensação. O Governo anunciou um Novo Colégio Padre Agobar, que não deve sair do papel. Não deve ter uma nova quadra.
Era fácil de resolver. A quadra vai para a AESGA e construímos uma nova.
Assim, a entrega da quadra à AESGA foi uma conquista da instituição, que pode planejar melhor seu futuro, mas que atende uma parcela da sociedade, mas há outra, que perde, como numa partida de futsal dos Tubarões contra a Federação ou o Fluminense.