Não se sabe se foi por conta própria ou a mando de Armando Monteiro, ou da sua campanha para governador, que o prefeito Izaías Régis assumiu a linha de frente dos ataques aos socialistas no estado, principalmente Eduardo Campos, Geraldo Júlio e Paulo Câmara. Na maioria das vezes para defender Armando, outras só por atacar mesmo.
Passada a campanha, o clima amenizou. Armando foi cuidar do seu ministério, e Izaías até ensaiou alguns elogios a Paulo Câmara, o que parecia ser uma bandeira branca e uma reaproximação. O estado tem repassado recursos que proporcionaram várias obras no município, e parecia que Izaías mudaria seu discurso.
Que nada!
Armando Monteiro, ministro do desastrado segundo governo de Dilma, veio a Pernambuco e deu uma entrevista criticando Paulo Câmara, que, segundo ele, não o procurou em Brasília. "Não chegou nenhum pedido". Armando criticou também a articulação política do governo do estado e os resultados do Pacto pela Vida.
Coube a Ettore Labanca, prefeito de São Lourenço da Mata, dar a resposta. Lembrando a situação que o país está passando por conta da crise econômica gerada pelas medidas tomadas pelo governo Dilma. O prefeito do município da região metropolitana disse que o ministro é rancoroso. "“Armando é arrogante, prepotente e presunçoso. Quem tem que se oferecer para ajudar o Estado é ele, procurando o governador e não o governador a ele. Ele não ligou sequer para parabenizar o governador pela vitória de outubro”.
Izaías mandou uma nota para Magno Martins batendo forte em Ettore Labanca, parecendo a época da campanha. Lembrou que Etore já foi do outro lado e o chamou de oportunista e "parasita do poder".
Foi aí que veio o contragolpe. Ettore questionou quem é o dono da clínica "mal-assombrada" que Izaías abriu em Garanhuns, se é ele, o Sesi ou o Senai. Pra completar, disse que conheceu Izaías como o Zazá Trambiqueiro.
Armando toca fogo e quem se queima é Izaías, mas fica a impressão que veio a ordem para Izaías responder, para Armando não confrontar o prefeito de São Lourenço.
Com a possibilidade do PT e o PSB voltarem a se unir em 2018, o PTB corre o risco do isolamento no estado.