Nos últimos meses, a sociedade brasileira tem se mostrado cada dia mais ávida por iniciativas de combate à corrupção, uma vez que o País vive uma das maiores crises de sua história em relação ao tema. Pesquisa DataFolha, realizada dias 25 e 26 de novembro em todo o País, revela que 34% dos eleitores colocaram pela primeira vez a corrupção como o principal problema do Brasil na atualidade. Além disso, levantamento feito pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a agenda dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável calcula em 1,26 trilhão de dólares os custos anuais dos países em desenvolvimento com corrupção, suborno, roubo e evasão de impostos.
No ranking dos países mais corruptos do mundo (entre os 175 avaliados, de acordo com dados da Organização Transparência Internacional), o Brasil ocupa a 69ª posição. Diante dessa realidade, o procurador-geral de Justiça, Carlos Guerra de Holanda, lançará na próxima quarta-feira (9) a campanha do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Corrupção. Tem jeito. A iniciativa tem três objetivos principais: mostrar à população a atuação do MPPE no combate à corrupção; mobilizar a sociedade como agente de controle social e criar a cultura de combate à corrupção em todos os níveis.
A campanha aborda de forma direta o “jeitinho brasileiro”, como viés cultural da corrupção
, que vai da “furadinha da fila” ao agrado pro servidor público”. Para Carlos Guerra, “tudo isso abriu caminho pra corrupção se tornar um enorme problema e tirar o dinheiro público da saúde, da educação e da segurança”. O texto da campanha termina de forma enfática: “Chega de jeitinho. Pra corrupção tem jeito, com o Ministério Público de Pernambuco e cidadão unidos para combatê-la em todas as suas formas”.
, que vai da “furadinha da fila” ao agrado pro servidor público”. Para Carlos Guerra, “tudo isso abriu caminho pra corrupção se tornar um enorme problema e tirar o dinheiro público da saúde, da educação e da segurança”. O texto da campanha termina de forma enfática: “Chega de jeitinho. Pra corrupção tem jeito, com o Ministério Público de Pernambuco e cidadão unidos para combatê-la em todas as suas formas”.
Uma pesquisa realizada pelo MPPE em 2012, em parceria com a Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire), já confirmava àquela época que a corrupção é cultural, presente em todas as camadas da sociedade e aceita naturalmente. Trata-se do chamado jeitinho brasileiro. De acordo com o procurador-geral de Justiça, a falta de rigor ético começa “pequena” e chega aos níveis vistos hoje, com gravíssimos casos de desvio de dinheiro público, prejudicando a população.
A campanha conta com diferentes peças e mídias, desde uma série de ações em redes sociais, com posts temáticos, até a produção de cartazes virtuais que podem ser impressos pela população. Além disso, serão produzidos spots de TV para divulgação em redes sociais e spots de rádio. A campanha prevê, ainda, a produção de jogos de memória para crianças e um plano de aula para ser trabalhado nas escolas de ensino fundamental. Para os adolescentes, a estratégia é a realização de concurso de charges e de vídeo de celular.