O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), discursando nesta quarta-feira (17) nos Estados Unidos, assumindo possível pré-candidatura, bateu forte no Programa Bolsa Família, que segundo ele não é um "bom programa social", por não ter mecanismos que permitam a independência de seus beneficiários. "Criar um programa para escravizar as pessoas não é um bom programa social. O programa bom é onde você inclui a pessoa e dá condições para que ela volte à sociedade e possa, com suas próprias pernas, conseguir um emprego", disse o parlamentar.
Maia foi mais além. Disse que Bolsa Família gera "dependência". "Essa dependência atrela as pessoas ao Estado." O deputado defendeu mudanças que criem obrigações em relação à saúde, educação e saneamento, que levariam as pessoas a serem "estimuladas a sair do programa”.
Maia criticou a maneira como ele foi implementado pelo PT. "É engraçado que o Brasil cresceu tanto no governo do PT e o número de pessoas dependentes do Bolsa Família aumentou. Tem alguma coisa errada. Se o Brasil está ficando mais rico, por que há mais pessoas pobres dependentes do Bolsa Família? Essa era uma distorção grande”, afirmou.
O texto acima está no blog do jornalista Magno Martins.
AGORA COMIGO: Carioca, provavelmente Rodrigo Maia não conhece a realidade de municípios nordestinos e suas populações, pois o eixo Rio-São Paulo foi beneficiado historicamente com os recursos vultosos deste país desigual. Assim, faz medo mais cortes em programas sociais sem que hajam bons projetos que alavanquem o desenvolvimento sócio-econômico das regiões mais afastadas e marginalizadas do país.
O texto acima está no blog do jornalista Magno Martins.
AGORA COMIGO: Carioca, provavelmente Rodrigo Maia não conhece a realidade de municípios nordestinos e suas populações, pois o eixo Rio-São Paulo foi beneficiado historicamente com os recursos vultosos deste país desigual. Assim, faz medo mais cortes em programas sociais sem que hajam bons projetos que alavanquem o desenvolvimento sócio-econômico das regiões mais afastadas e marginalizadas do país.
A questão é que o Bolsa Família é um programa de combate à fome dentro das casas, investindo nas famílias, e a (re)inclusão social está no plano seguinte, que não existe. Óbvio que existem distorções, gente que usa o programa para outras finalidades, que não apenas a compra de alimentos, mas são exceções. Existe também muita falcatrua em quem gerencia este programa nos municípios e em Brasília, desvios que tiram o leite da boca das crianças.
Basta ver que com alguns cortes, muita gente está voltando às classes mais pobres e marginalizadas da sociedade. O que precisamos é debater o dia seguinte ao Bolsa Família, criando oportunidades de emprego para estas pessoas, pois se na visão do presidente da Câmara há escravidão, então há também quem escraviza e não quer mudar o status quo.