O número de casos de coronavírus no Brasil saltou 45% em um dia, de 621 para 904 confirmações, e o país já soma 11 mortes. São Paulo lidera o número de afetados, com 396 infectados e nove vítimas fatais. Os dados oficiais indicam aceleração no ritmo de contágio no Rio: o estado passou de 66 para 109 casos, registra duas mortes e investiga 1.701 suspeitas. O governo federal declarou estado de transmissão comunitária em todo o território nacional.
Previsões do governo: o número de casos no país deve crescer de abril a junho. Somente em setembro haverá uma “queda profunda”. Em abril, o sistema de saúde do país deve entrar em “colapso”, afirmou o ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde).
O que está sendo debatido: o presidente Jair Bolsonaro prepara medidas para garantir a circulação de serviços essenciais entre os estados. O governo trata como uma ordenação da situação do país. Em videoconferência com empresários, Bolsonaro disse que vai colocar um “freio” nas medidas impostas por governadores. O presidente criticou o decreto de Witzel que restringiu viagens ao Rio, e o governador reagiu com reclamações sobre o governo federal.
Medidas: o governo de São Paulo decretou estado de calamidade pública no estado a partir deste sábado. A prefeitura da capital paulista anunciou a criação de dois mil leitos de UTI. Parte das unidades será instalada no estádio do Pacaembu. No Rio, a Polícia Militar fará o controle de passageiros em estações de trem, barcas e metrô. A Arquidiocese do Rio recomendou que missas católicas sejam realizadas “sem a participação do povo”.