sexta-feira, 16 de julho de 2021

Saúde ignora há 2 anos multa milionária para importadora da Covaxin

Emanuela Medrades, diretora técnica da Precisa Medicamentos 



O repórter Ruben Berta conta que a Precisa Medicamentos tem uma multa de ao menos R$ 1,3 milhão sugerida por um departamento do Ministério da Saúde desde maio de 2019. Nunca foi paga.

A punição foi pedida devido ao descumprimento do prazo de entrega de preservativos femininos, mas até hoje nada efetivamente aconteceu. A empresa não se manifestou sobre o caso.

Foram analisados 13 processos envolvendo os contratos de venda de preservativos pela Precisa ao Ministério da Saúde e houve ao menos nove atrasos na entrega do produto, chegando a cinco meses em um dos casos.

Mesmo com esse histórico, a empresa —que já recebeu R$ 96 milhões do governo federal pela venda de preservativos— se tornou o principal agente no Brasil da bilionária compra da vacina indiana Covaxin.

Suspensa após denúncias de irregularidades, a aquisição do imunizante é um dos principais alvos de investigação da CPI da Covid.


Por causa dos problemas recorrentes, a Precisa, pelo previsto em contrato, poderia até, em último caso, ter sido impedida de realizar negócios com o governo federal.

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