segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Economistas já questionam se Guedes deixou de ser liberal e virou gastador



As crescentes medidas adotadas pelo governo Bolsonaro para elevar a popularidade do presidente já demandam R$ 67 bilhões dos cofres públicos em 2022.

Fazem parte da conta itens como a isenção para o diesel no próximo ano (R$ 26 bilhões, segundo Bolsonaro), a expansão no Bolsa Família (de ao menos R$ 25 bilhões, segundo Guedes), a reforma tributária (que subtrai R$ 7,7 bilhões de estados e municípios) e o aumento no funcionalismo (que a equipe econômica tenta limitar a R$ 5 bilhões).

Com essa crescente disposição para ampliação das despesas, economistas passaram a questionar em relatórios para clientes e em debates acadêmicos se a política econômica do governo Bolsonaro não estaria exagerando nos gastos públicos, mesmo não tendo garantia de recursos para bancar propostas como o novo Bolsa Família. Na prática, o Ministério da Economia, de Paulo Guedes, que pregava a redução de gastos, começa a ser questionado se não virou "gastador".

O governo não detalhou como pagará o reajuste do Bolsa Família. Não há estimativa de quanto seria o gasto total. Na reforma, as estimativas divulgadas até agora apontam para uma queda da arrecadação (menos R$ 57 bilhões em dois anos). Na prática, o governo terá menos dinheiro em caixa para pagar servidores e as suas despesas normais. Em relação ao adiamento dos precatórios, analistas de mercado e acadêmicos têm considerado a proposta um calote.

UOL

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