Meu caro Ronaldo Cesar:
Lembra porque venho alertando exaustivamente sobre a duplicação da BR-423 atravessando a cidade com todos os seus inconvenientes e mazelas terríveis?
Desde janeiro de 2012 levantamos a questão e, em abril de 2013, alertei as autoridades ditas responsáveis sobre a gravidade do problema e advertindo sobre as mortes iminentes que precisam ser evitadas a qualquer preço. Transcrevo abaixo trecho de um texto que distribui, naquela ocasião, com absoluta propriedade:
“Ressalte-se, ainda, que nesse trecho urbano a ser invadido pela duplicação, existem dois boqueirões profundos submetidos à uma erosão constante, sendo que o último deslizamento ocorrido em um deles, interditou uma faixa de tráfego que, dada a sua dimensão, levou alguns anos para ser reparado e, mesmo assim, já apresenta um novo afundamento da pista. Imagine-se o que vai acontecer com o alargamento resultante de sua duplicação. Os danos serão irreparáveis para o desenvolvimento ordenado de sua área urbana; o prejuízo inevitável para sua mobilidade; a necessidade de construção das “famigeradas passarelas” de pedestres, obedecendo a uma tradicional e perversa prioridade uma vez que não permite sua utilização por quem mais precisa: os deficientes físicos e idosos que continuarão obrigados a atravessar a pista atropelando os veículos; a importuna construção das inevitáveis “lombadas” que dificultarão a rapidez do tráfego dos veículos que ultrapassarem Garanhuns em demanda às cidades do entorno; a lentidão do trânsito que prejudicará também os veículos de toda a região na sua ultrapassagem e o inexorável aumento dos acidentes que resultarão em mortes e incapacidades físicas e aí ninguém esqueça que estamos tratando de VIDAS HUMANAS.”
Lembro mais uma vez que a questão da modificação do projeto está afeta ao DNIT, no âmbito federal, de responsabilidade exclusiva do PT e até hoje os nossos amigos do Partido Situacionista em Garanhuns comportam-se como se fossem habitantes de outra galáxia. Mesmo provocados a tomarem posição, preferem ignorar o assunto, da mesma forma com o que ocorre com a reabertura da FAMEG. Conversei esta semana com o amigo Fernando Ferro, garanhuense por adoção e livre escolha, que permanece como lutador solitário (à exceção de Eraldo!) na defesa de uma nobre causa da nossa terra. E o PT de Garanhuns como fica? Permanecerá fugindo da questão? Só quer desfrutar das benesses, sem assumir os encargos e as responsabilidades? Estão esquecendo que "ESTAMOS TRATANDO DE VIDAS HUMANAS"?
Com um abraço de Ivan Rodrigues