Da verve e da saga dos poetas do sertão, São José do Egito, para ser mais preciso. É de lá que aparece (ou reaparece) o rosto e a voz que estampam a propaganda institucional do governo de Pernambuco. O menino Antonio Marinho, filho de Zeto e Bia, artistas populares, poetas e cantadores das coisas de nossa gente. Zeto já falecido. Bia Marinho vai mostrar sua música ainda neste festival. Todos muito ligados ao velho Arraes, de quem faziam também suas campanhas políticas. Antonio Marinho no ano passado apresentou o palco da cultura popular, e até se saiu melhor que este ano, quando comanda a Esplanada Guadalajara ao lado de Marcelo Jorge e uma menina chamada Flaira ou é Flaiva ou é Flaia ou é... Só sei que Flávia não é! Na cultura popular Marinho tinha mais espaço para seus versos e loas, estava em seu território. Agora poucas frases já escritas numa folha de papel, é muito pouco pra quem sabe trabalhar com as palavras que teimam em querer aparecer na hora, e ritmadas com finalzinho parecido.. rsrsrs. Antonio Marinho é bisneto do seu homônimo, considerado um dos maiores poetas populares de toda a história de nossa cultura e neto de Louro do Pajeú, outro ícone. Esse jeito de fazer propaganda fala direto à nossa gente o velho sabia disso e o neto aprendeu, rejuvenesceu os interlocutores e o resto é poesia. Só falta mesmo combinar com alguém que entenda da cultura local pra num ficar falando a mesma coisa em todo canto.