2009 marcará para sempre a vida dos rubronegros pernambucanos. Libertadores e declínio. É inegável a excelente campanha feita pelo Sport no torneio continental. Venceu times tradicionais sulamericanos. Historicamente ter vencido no Chile e depois ainda a LDU, que era a campeã do torneio e vice mundial, deverá sempre encher de orgulho seus torcedores. E mais, caiu apenas para o Palmeiras, num grande duelo nacional. Não deu sorte no emparelhamento da segunda fase, poderia ter ido visitar outro país, até ter pego um time mais fraco depois de ter passado pelo grupo da morte. Ao ser desclassificado, o que se dizia era que o time ia brigar para estar entre os melhores do brasileiro para ir novamente para a Libertadores. E isso não era nenhuma coisa impossível, pois naquele momento, o Sport tinha um dos melhores plantéis do Brasil. Mas o time pagou o preço da eliminação e não soube em momento nenhum voltar a ter estabilidade emocional. Esse problema ficou claro na saída de Nelsinho Batista e Paulo Baier. Estava ali lançada a carroça ladeira abaixo. O time saiu se desestabilizando até que chegou na zona de rebaixamento e dali não conseguiu mais sair. Uma vez ou outra uma boa partida e a possibilidade de continuar na série A. Mas quando se está lá embaixo se joga com uma âncora amarrada nas chuteiras. Vejam o caso do Náutico, vence, vence, e não sai também. O Sport não merecia passar por isso no ano da Libertadores, e Pernambuco não merece perder os dois times na elite do futebol nacional. Não é fácil a queda, e nem todo time assimila rapidamente para voltar no ano seguinte. Equipes tradicionais do futebol brasileiro continuam sofrendo para voltar ao cenário nacional. Já não bastasse o Santa Cruz ter descido ao inferno das divisões, o estado leva mais um baque e na iminência de ver o alvirrubro fazer companhia ao Sport na série B. Continua sendo muito difícil, mas não impossível, e a gente espera que o Náutico continue acreditando e lutando por esta possbilidade, pelo bem do futebol pernambucano.
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ilustração do Clériston