Se vivo estivesse, no próximo dia 13 de dezembro, o Rei do Baião estaria fazendo 99 anos de existência. Como Garanhuns fica nos alpes europeus não há por que homenagear o Rei do Baião e intérprete da música que durante quase meio século foi o nosso hino -"Onde o Nordeste Garoa". Aqui passamos os dias sem reverenciar nem nossos próprios personagens históricos, quiçá esses estrangeiros que insistem em criar a identidade cultural dessa gente. Nomes como Humberto Teixeira, Capiba, Osman Lins, Jackson do Pandeiro, J. Borges, João Cabral, Marinês, Gonzaguinha, Gylberto Freire, e até Onildo Almeida (vive em Caruaru), autor da música citada, entre tantos outros, nunca foram homenageados como mereciam, por tudo que fizeram pela nossa cultura e por Garanhuns. Está cada vez mais fácil escutar no rádio Britney, Lady Gaga, Chris Brown que Jorge de Altinho, Elba Ramalho, Flávio José e Alceu Valença. Quanto a Luiz Gonzaga, quem sabe o próximo Festival de Inverno possa marcar o centenário do Rei, que mesmo sendo homenageado em todo canto no próximo ano, torna imprescindível que o seja também no mais diversificado festival multicultural do mundo, pois também era multicultural a arte de Gonzaga. Da sua vestimenta, da dança, da sua música, das cores, do artesanato, do pop que reverencia o Rei do Baião. Quem sabe um festival com um instrumental jazzístico criando em cima da obra de Luiz. O teatro que possa trazer novamente aquele grupo de Salvador que apresentou a vida e a obra do mais famoso filho de Exú. Não dá pra homenagear o Rei do Baião como se sua obra fosse apenas forró, claro que não! O Rei fez valer em todos nós o orgulho de ser nordestino e ensinou a todos a respeitar esse povo! Quem tiver seus funk e seus hip hop que fiquem com eles, por aqui vou com meus xotes, xaxados, baiões, cirandas, côcos, etc.
.
Conheço uma cidade bem pernambucana
que todo mundo chama de Suíça Brasileira...
Versos que todo mundo canta e que poderiam enfeitar nossas praças como letras de uma poesia.
.