quarta-feira, 28 de julho de 2010

Política pernambucana - Breves considerações

Constatação: Só existem dois partidos, o PS - Partido da Situação e o PO - Partido da Oposição, que quer ser do PS, exceto algumas raríssimas exceções. Tem político que nasceu pra ser situação a vida todinha, sempre mudando de lado a cada perda eleitoral, e os que nasceram para ser oposição, vivem de criticar os que estão no poder, "sabem" como fazer, mas nunca viabilizam chegar lá! É claro, repito, que existem exceções. Aqueles que ainda têm ideologia partidária e fizeram suas escolhas pelos seus perfis políticos!
Em Gravatá, o ex-prefeito Joaquim Neto almoçou com Jarbas e jantou com Eduardo. Desde o início do governo Eduardo Campos a debandada da União por Pernambuco foi evidente, a cada semana tinha uma notícia de deputado e prefeito que deixava o governo anterior pelo atual. Natural? Na política brasileira é sim. Devido só existirem aqueles dois partidos lá do início deste comentário. Agora, Jarbas caminha para uma derrota humilhante, feio para um político que saiu com altos índices de aprovação popular, não conseguiu fazer seu sucessor, teve a imagem desconstruída em quatro anos e hoje representa o atraso para Pernambuco.
Estou em Recife, e pela propaganda eleitoral nas ruas da capital, a impressão que dá é que só tem um candidato a governador em Pernambuco. Assim como em Garanhuns!
A "briga" pelos votos para deputado federal por aqui será intensa, por isso muitos deles estão descendo para o interior, e todo e qualquer voto será muito importante, principalmente na aliança Eduardista. Acho que o campeão de material é o ex-secretário de educação do estado, Danilo Cabral. Mas tem muito Raul Henry, Cadoca, Rands, etc. Não vi de João Paulo ainda.
Ouvi de uma pessoa próxima a Inocêncio Oliveira que ele não contava com a falta de apoio do prefeito Luiz Carlos à sua candidatura, segundo o assessor, Inocêncio lutou pela duplicação da BR-423, ideia do prefeito, ainda conseguiu junto a Eduardo e outros políticos (Fernando Ferro) que fosse viabilizado o curso de medicina para Garanhuns, entre outras coisas.
Eu já sabia que Maurício Rands também contava com o apoio do prefeito. Outros políticos já ficaram chateados com falta de apoio em Garanhuns, como Zé Chaves (Onde anda?). Izaías e o prefeito fecharam apoio ao novato Jorge Corte Real. Zé da Luz faz dobradinha com Ana Arraes, que na outra campanha estava com Sandoval Cadengue. Sivaldo Albino está com Sérgio Guerra, pois seu principal padrinho político, Raul Jungamnn, foi alçado à candidatura ao senado. Depois passamos esses casamentos regionais de deputados federais e estaduais. Se de fato Sérgio Guerra conseguir 10 ou 15 mil votos para Sivaldo fora de Garanhuns, o vereador garanhuense entra na briga por uma vaga na Assembleia do estado. Já sabemos que Adolfo Lopes e seu grupo político apoia Marcantonio Dourado e Sílvio Costa. Um grande grupo dentro da administração municipal, incluindo o vice-prefeito Almir Penaforte e o vereador Marcelo Marçal fecharam com Leonardo Dias, filho de Romário, para a campanha estadual e Maurício Rands para federal. Outras candidaturas como Priscila Krause, que terá o apoio da família Tinoco em Garanhuns, ainda não sei quem será o federal. E nomes em Garanhuns como Valdir Marino, Genaldo Barros, vereador Lucena e João Guido, este último que seria candidato e deputado federal, estamos aguardando mais informações. De fato, temos a candidatura a federal de Paulo Camelo, pelo PSOL. Não entendo porque Fernando Ferro nunca faz uma campanha para ser majoritário em Garanhuns.
Vamos tentar montar uma relação de pessoas influentes em Garanhuns e quem são seus candidatos. Mas, mais uma vez pedimos, vamos votar nos candidatos compromissados com nossa cidade!
É notório que Garanhuns precisa de projetos, discutir seu desenvolvimento de uma forma independente, que a sociedade possa entender e participar do destino do nosso município e região, influenciando, cobrando, sugerindo.. Portanto, participando. Um bom momento para isso é a ideia de Alexandre Marinho em montar um plano de desenvolvimento, e uma reunião para esta discussão se darpa nesta quinta-feira à noite na AESGA. Não poderei estar presente devido compromissos aqui na capital, mas quero registrar a importância da participação popular, e este momento eleitoral é muito bom, para que cada um possa cobrar das suas preferências políticas esse compromisso com o nosso desenvolvimento. Quem vende a campanha e o seu apoio sem a discussão e a obrigação política, perde a oportunidade de exigir o compromisso com a nossa gente.
Questionamentos: Porque Garanhuns não consegue se firmar no cenário político pernambucano? Não lembro de termos recentemente um secretário de estado. Para uma cidade que já teve dois federais numa mesma legislatura, Cristina Tavares e José Tinoco, não ter nem viabilizado candidaturas ligadas aos dois grandes grupos políticos pernambucanos é um sintoma de falta de força política.
Garanhuns já teve dois estaduais em várias ocasiões, porque agora não poderia estar duplamente representado na Assembleia. Para isto precisamos também que nossa gente não exporte seus votos. Da concorrência política é que vem muito do desenvolvimento, pois cada um quer fazer mais. Vejam Caruaru, mesmo com críticas a Tony Gel, não podemos desmerecer o que fez por lá e agora que seus opositores assumiram, eles querem fazer muito mais. Aqui não tem isso, não trabalhamos os comparativos. Mas aponto uma questão, para trabalhar por nossa cidade não precisa ter mandato. Tem muita gente aí com serviço prestado que não quer saber de política, e não tem um quinhão da força que muitos destes têm.
Acho Garanhuns uma cidade que se discute muita política, em todo canto se conversa, uma coisa impressionante! Precisamos fazer que essa força política seja transformadora, que saia do bate-papo para ser realizadora.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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