RIO - Dos 11 filhos de uma família nordestina, Mariano é o décimo. Num time de futebol, o número revela o protagonismo que o lateral do Fluminense tem em casa e pretende exibir também em campo, neste domingo, às 16h, contra o Internacional, no Maracanã. Enquanto o filho ganha velocidade no caminho da glória, Mariano, o pai, finca o pé na sua realidade. Servente da prefeitura de Osasco, aos 67 anos, ele se recusa a deixar o emprego e a viajar de avião. Desde a primeira vez que deixou São João, no agreste pernambucano, vai e volta de ônibus com medo do progresso inevitável. Líder do Brasileiro, renascido após ser mandado embora do Atlético-MG e ter escapado do rebaixamento no ano passado, o lateral já decolou para a sua melhor fase:
- Graças a Deus, a gente está voando bastante.
Vizinha de Garanhuns, cidade do presidente Lula, São João fez festa fora de época para receber seu filho ilustre em dezembro. A casa em que dez dos 11 filhos nasceram ainda está no mesmo lugar, com tijolos de barro, a ausência do chuveiro e a interminável quantidade de primos que impressionaram a Mariano:
- Parecia o Lula, quase toda a cidade foi lá me ver.
A novidade era recíproca para o jogador de 24 anos, que foi criado na Grande São Paulo e prefere pagode romântico ao forró. Na casa ampliada pelo futebol em Osasco, as reuniões dos irmãos são tão frequentes e saborosas quanto o macarrão com frango dos domingos. Do Nordeste, o jogador ainda traz a genética e os princípios do pai. Sua gratidão foi celebrada há uma semana, no gol que marcou contra o Grêmio no Dia dos Pais:
- Ele me ensinou que não se deixa para amanhã o que se pode fazer hoje, porque nem sempre haverá outra chance.
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