O nome de Ciro Gomes não faz mais parte da lista de ministeriáveis. Na verdade era a própria Dilma Roussef que queria o cearense na sua equipe, mas o PSB tinha outros nomes para indicar, principalmente passando por Eduardo Campos e pela cúpula do partido. O convite para Ciro foi direto.
Ciro foi convidado para a Integração Nacional. O nome indicado por Eduardo Campos foi deixado em segundo plano (nenhum outro nome pernambucano foi indicado até agora), o que foi gerando um descontentamento em Eduardo e no PSB, que ameaçou até a não indicar mais ninguém e fazer um apoio meia-boca ao novo governo.
Diante do quadro, o próprio Ciro Gomes está retirando seu nome, o Ministério oferecido não lhe apetece. Nesta segunda-feira, Dilma confirmou mais sete novos ministros, entre eles Alexandre Padilha no Ministério da Saúde, pasta que Ciro queria.
Assim o caminho fica livre para FBC, mas fica um gosto amargo para Eduardo. Ele que foi um aliado de primeira hora da presidenta e é um dos grandes trunfos de Lula para o futuro acreditou que seria melhor tratado na divisão dos cargos e na formação do governo. E Pernambuco que deu uma vitória esmagadora a Dilma está pequeno em seu governo, tem tanto paulista que até parece que foi Serra quem venceu.
O novo acordo foi feito em conversas entre Eduardo Campos e Cid Gomes, governador do Ceará. Segundo o portal IG, numa reunião tensa na noite de domingo no Recife, o PSB chegou a ameaçar que não indicaria nenhum nome para o futuro governo.
A pressão deu certo e as negociações foram retomadas durante a madrugada. No começo da manhã desta segunda, Cid e Campos decidiram que Ciro ficaria fora das indicações do partido. O líder do PSB na Câmara, Márcio França, o dirigente socialista Roberto Amaral e o governador eleito do Espírito Santo, Renato Casagrande, também participaram das negociações.
Assim, Dilma joga o PSB nos braços de Aécio, e vice-versa!
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