Quando Eliane Simões e sua equipe da AESGA optaram por trazer para Garanhuns o curso de Engenharia Civil, e com a possibilidade de trazer também Engenharia da Produção e de Alimentos, houve uma percepção muito inteligente dos caminhos que a economia garanhuense e principalmente a pernambucana tendem a seguir.
A recente expansão econômica que está interiorizando parte do crescimento estadual gera novas necessidades. As fábricas e grandes indústrias instaladas em cidades fora do eixo produtivo da região metropolitana necessitarão desses profissionais, engenheiros de produção e de alimentos, profissões do século XXI. E claro, as grandes indústrias da capital e de outros estados também. São profissões que as demandas não estão suprindo as necessidades do mercado de trabalho.
Mas Engenharia Civil já é uma realidade. Tivemos agora o segundo vestibular e a própria professora Eliane Simões disse ficar surpresa com a grande concorrência verificada. Não deveria, pois foi ela uma das responsáveis por trazer o curso para nossa cidade, e se faz sabedora da importância regional de formarmos aqueles que darão impulso na construção pública e particular, em grandes empreendimentos, dentro e fora de Garanhuns. Tem muita gente querendo estudar engenharia, pois o campo para trabalhar está chamando urgentemente!
Nossa cidade se encontra com uma demanda reprimida. Explica-se, tem muita gente aguardando que se reverta o absurdo do plano diretor municipal de proibir prédios residenciais acima de 3 pisos superiores. E outra coisa, as recentes conquistas como o curso de medicina, o shopping, o instituto técnico, a universidade federal rural, entre outros, geram novas demandas, criando necessidades de construção de complexos residenciais para abrigar aqueles que vêm a Garanhuns por conta dessas instituições, e no futuro teremos novos empreendimentos que chegam agregados a estes primeiros, pois se trata naturalmente de um crescimento urbano. Por exemplo, o curso de Direito acabou por trazer para Garanhuns outras instituições de Ensino como os cursos Damásio de Jesus e o Pretorium. Temos vários estudantes que estão em imóveis alugados em Garanhuns e em pouco tempo esta demanda vai triplicar, quintuplicar, e continuar expandindo.
E mais. Não se formam estudantes para ficar entre as porteiras do município, os meninos podem bater a lama das botas e ganhar o mundo, mas diferentemente de 20, 30 anos atrás, já saem de Garanhuns com uma grande formação profissional, respeitados com seus diplomas onde estiverem.
Eduardo Campos afirmou que com a FIAT em SUAPE o PIB de Pernambuco vai duplicar, acho que foi isso. Essa consideração mostra a expansão que o estado terá nesses próximos anos, e tudo acaba em construção, e é aí que aparecerão os engenheiros formados em Garanhuns, filhos do futuro do nosso estado, do Sertão ao Litoral, principalmente passando pelo Complexo Portuário de SUAPE.
Parabéns Eliane, parabéns AESGA. Vocês estão fazendo acontecer o futuro de nossa cidade!