A música do Acioly Neto, A NATUREZA DAS COISAS, recém descoberta pelo público depois de dezenas de gravações, é uma filosofia de matuto que fala uma grande verdade, no seu texto final diz que sendo princesa ou lavadeira, quem quiser chegar mais alto vai ter que suar.
Numa análise simples, a música mostra que somos todos iguais. Durante seu percurso vai dizendo pra gente não se avexar, ir devagar e sempre, dar os primeiros passos, mas eles devem ser no caminho da ética, do respeito, da sinceridade, e todas as qualidades que nos fazem seres humanos.
Essa igualdade e necessidade de cumplicidade, independente de classe social, conta bancária ou algo mais que acaba por forjar diferenças, acabam quando entra a solidariedade, e hoje, numa foto, temos um exemplo disso.
As cidades devastadas pela tragédia na região serrana do Rio de Janeiro são exemplos de urbanidade. São municípios fulcrados no seio do Brasil pela sua representatividade para a pátria. Teresópolis (A cidade de Teresa), Petrópolis (A cidade de Pedro) têm ainda entre seus habitantes a sucessão da monarquia brasileira. Ali moram os Orleans e Bragança, herdeiros do trono de D. Pedro I, filho de D. João, e proclamador da independência nacional.
Mas não existem títulos ou patrimônios que valham alguma coisa na tragédia, e ali, no meio da dor e sofrimento, dentre os voluntários, estava João de Orleans e Bragança, príncipe, de chapéu e máscara ajudando as vítimas das chuvas no Rio de Janeiro.