Com nome de batismo João Rufino, um dos maiores sanfoneiros que vi na vida, ficou conhecido em todo canto como o Cego do Piado. Um dom que Deus lhe deu para compensar a vista, mas mesmo diante da dificuldade de não enxergar, o Cego deu um exemplo de amizade e bem servir, tinha sempre um sorriso sincero a todos os seus amigos.
Tocava em todo canto e tinha uma sensibilidade musical fora do comum.
Digo isto motivado por uma bela composição de Carlos Magano que ouvi no rádio, na qual recebeu convidados para juntos relembrarem o sanfoneiro. Dema do Forró, Messias Santiago, Zezinho de Garanhuns e Gláucio Costa.
Tive a honra e o orgulho de ter o Cego do Piado na gravação daquele Cd que lançamos há alguns anos, e pude comprovar que música tem de fato o toque divino.
É uma pena que a arte não remunere seus mestres como merecem, e o Cego foi um exemplo disso. Mas tenho certeza que no céu, junto de Reginaldo, está fazendo a maior festa.
Na foto: Embora esteja com óculos escuros, bem ao estilo do Cego do Piado, nós temos o compositor Carlos Magano.
Na foto: Embora esteja com óculos escuros, bem ao estilo do Cego do Piado, nós temos o compositor Carlos Magano.