Não estavam nas favelas, fazendo aviãozinho, repassando droga.
Não estavam nas ruas, sem estudo, sem perspectiva.
Não estavam marginalizados.
Estavam em uma escola.
Dentro de uma sala de aula.
Entre amigos.
Perante seus professores.
Protegidos pelos portões.
Queriam estudar, aprender, crescer.
Foram 12.
Mas não são números.
Cada um deles com sua história particular.
Hoje fazem parte de uma mesma história.
O Brasil chora.
Uma nuvem negra no céu do Brasil.
Um sentimento de tristeza, impotência, angústia.
Não quero falar do bandido, ele não merece ser citado.
Até mesmo para falar mal.
Quero falar dos 12 anjinhos brasileiros.
A dor é inexplicável.
Uma arma. Doze mortos.
Pra que arma, gente?
Pra se defender?
A arma que você compra pra se defender,
Mais cedo ou mais tarde,
Estará na mão do bandido,
Que vai lhe atacar.
Foi no Rio de Janeiro
Poderia ser em qualquer lugar!
A quem culpar?
A todos.
12 anjinhos brasileiros, rogai por nós!