Direto do site da Unidos da Tijuca. http://www.unidosdatijuca.com.br/
Quando o presidente Fernando Horta e a diretoria da Unidos da Tijuca pousaram no tradicional forró dominical do restaurante Arriégua, quartel-general do gênero em Recife, para buscar apoio de baluartes da cultura nordestina para homenagear Luiz Gonzaga, já havia uma grande expectativa entre a população pernambucana. Para a maioria, a homenagem no carnaval carioca do próximo ano chegou em boa hora.
O Rio de Janeiro é a cidade onde o artista ganhou notoriedade e 2012 o Rei do Baião completaria 100 anos.
Venerado pelos quatro cantos do estado pernambucano, Luiz Gonzaga, cancioneiro popular que gera devoção quase religiosa, foi o maior sintetizador da diversidade cultural do sertão. “Luiz Gonzaga é o maior ídolo da Música Popular do Brasil e um difusor eterno da cultura nordestina”, destacou Fernando Horta que foi para Pernambuco consolidar o apoio que já possui do povo pernambucano e especialmente da cidade de Exu, cidade natal de Gonzaga.
Além de poetas e sanfoneiros e da projeção de documentários, o evento que recebeu Fernando Horta, comemorou também os 70 anos de Dominguinhos. O sanfoneiro, maior herdeiro musical de Luiz Lua Gonzaga, aproveitou o clima de confraternização para relembrar histórias suas com o padrinho Rei do Baião.
O ponto alto da visita ao Estado foi o encontro com o Governador Eduardo Campos no Palácio das Princesas que deu apoio institucional a escola de samba da Tijuca.
O presidente da agremiação, Fernando Horta vem modernizando a gestão do carnaval, por meio dos departamentos de Marketing e Comunicação, conduzidos por Fabiana Amorim e Bruno Tenório, por onde foi viabilizado o enredo 2012.
“A Unidos da Tijuca é uma instituição cultural desde 1931, comprometida com as matizes da brasileira. Nós partimos do princípio que todo projeto deve entreter o público, mas sempre buscando consenso entre grupos de interesse. Unimos em Pernambuco diversos intelectuais de esquerda, artistas, políticos, empresários e até usineiros em torno do mesmo propósito”, afirmou Bruno Tenório.
O intuito é dinamizar uma frente de (re)descoberta do artista nordestino, de modo que suas matizes culturais e sua diversidade musical não sejam esquecidas, além de dar visibilidade turística ao interior pernambucano, cantado em suas quase 700 músicas.“A Unidos da Tijuca vai contar Luiz Gonzaga de maneira inovadora. A nossa escola é moderna e o público pode esperar uma grande opera na Avenida. Pernambuco será revisitado e iremos quebrar estereótipos relacionados ao povo do sertão”, informou Fernando Horta.
Após o presidente lançar o enredo oficialmente, a preocupação da equipe de Comunicação e Marketing era facilitar o acesso de Paulo Barros ao acervo sobre Gonzaga e aos principais estudiosos da cultura gonzaguiana.
O diretor de carnaval Ricardo Fernandes e equipe da Tijuca conversam com o artista J Borges durante visita a Bezerros
“Para aproximar Paulo Barros ao universo do compositor que cantou o Nordeste, o carnavalesco e a equipe artística da escola foram ao Recife para uma série de atividades culturais. Já Bruno e eu também fomos em missão para buscar apoio institucional”, explicou Fabiana Amorim.
A equipe da escola montou uma base no Recife procurando reforçar uma visão “de Pernambuco para o mundo” e vem realizando pesquisas há 40 dias junto a profissionais locais. Apenas quando essa fase for concluída é que, dentro de um concurso com participação de 80 compositores, será definido o samba-enredo oficial.
Paulo Barros esteve reunido com cientistas em Recife. Seu objetivo foi buscar inspirações para a eletrizar o público na Sapucaí.
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Agora comigo: Dizia Luiz Gonzaga que o reggae nasceu do xote, o compasso é a mesma coisa. Alguns estudiosos também vinculam o samba carioca às senzalas pernambucanas, com os instrumentos de percussão feitos à base de madeira e couro dos animais.
Eram com esses batuques que os escravos tinham seus raros momentos de diversão. Mas que acabaram se alastrando e influenciando definitivamente nossa cultura.
Outros ritmos foram sendo criados com o desenvolvimento da música nacional, mostrando a importância cultural do estado. E poucos têm sua criação referida a uma pessoa, como acabou ficando o Baião, e depois as demais variantes do nosso forró, como o xote, xaxado, arrasta-pé.
E Gonzaga foi além disso, influenciou a vestimenta, a gastronomia, os costumes e a auto-estima de um povo trabalhador e culto, de uma riqueza de conhecimento incomensurável. Fico pensando como seria Pernambuco, o Nordeste e o Brasil se não tivesse existido o Rei do Baião. Como seria o olhar para a nossa região?
Justa homenagem no centenário do Rei Lua.
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Agora comigo: Dizia Luiz Gonzaga que o reggae nasceu do xote, o compasso é a mesma coisa. Alguns estudiosos também vinculam o samba carioca às senzalas pernambucanas, com os instrumentos de percussão feitos à base de madeira e couro dos animais.
Eram com esses batuques que os escravos tinham seus raros momentos de diversão. Mas que acabaram se alastrando e influenciando definitivamente nossa cultura.
Outros ritmos foram sendo criados com o desenvolvimento da música nacional, mostrando a importância cultural do estado. E poucos têm sua criação referida a uma pessoa, como acabou ficando o Baião, e depois as demais variantes do nosso forró, como o xote, xaxado, arrasta-pé.
E Gonzaga foi além disso, influenciou a vestimenta, a gastronomia, os costumes e a auto-estima de um povo trabalhador e culto, de uma riqueza de conhecimento incomensurável. Fico pensando como seria Pernambuco, o Nordeste e o Brasil se não tivesse existido o Rei do Baião. Como seria o olhar para a nossa região?
Justa homenagem no centenário do Rei Lua.