Estamos chegando a uma campanha eleitoral em Garanhuns e mais uma vez o cenário aponta para uma disputa plural, com diversos candidatos.
Como nossa cidade ainda não tem, e nem terá tão cedo, eleitores suficientes que leve a disputa a um segundo turno, continuamos elegendo em primeira votação o que tiver a preferência do eleitorado, porém este tipo de escrutínio acaba gerando um dilema democrático: Quem se elege com 30% dos votos teve 70% contrários à sua eleição?
Pensando assim, o prefeito já se elege pela escolha de uma minoria, e olha que estou supondo 30%, podendo ser menos ainda dos votos computados, pois vai depender da quantidade de candidatos e suas votações.
O mandato também já começa enfraquecido do ponto de vista de alianças político/administrativas. Uma eleição que vai ao segundo turno as forças se aglomeram, fica mais fácil contar com quadros. Aqui em Garanhuns e outras cidades onde se mata no primeiro turno, há um só vencedor e dezenas de derrotados que poderiam contribuir em uma futura administração.
Vejam a luta por apoios que os candidatos que vão ao segundo travam para garantir em seu palanque os derrotados, e seus eleitores. Assim, mesmo os derrotados acabam fortalecidos no processo.
Pelo andar da carruagem, quem tiver 30% dos votos em Garanhuns será o prefeito, a não ser que a coisa depois polarize e cheguemos em uma eleição com apenas dois grandes grupos disputando. Como é improvável, vale o percentual prognosticado por aqui.
É por isso que aprovo a ideia do segundo turno. Não basta ser o mais votado entre tantos, tem que ter a preferência da maioria dos eleitores.
É uma pena que não tenhamos em Garanhuns.
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