Alçado à condição de pré-candidato a prefeitura, principalmente pelos bons resultados de sua gestão à frente da UPE-Garanhuns, que lhe rendeu o convite para a pró-reitoria do interior do estado, o professor Pedro Falcão esperou até a quarta-feira, dia 5, para filiar-se ao PSB, partido do governador Eduardo Campos. Foi uma opção racional, já que para ousar em sua candidatura precisaria do apoio do próprio governador.
Especulava-se que dentre os nomes da cidade, Eduardo Campos teria preferência por Pedro, por se tratar de um quadro jovem e sem os vícios da política local, principalmente depois do bom momento vivido com a criação do curso de medicina na cidade.
Como não podem mudar de partido, todos os bons nomes filiados nos últimos dias se tornam plano B para o PSB, caso a nova estratégia da vinda de Antônio João Dourado para Garanhuns não encontre no seio da sociedade a acolhida esperada.
Porém, em alguns momentos, o nome de Pedro foi tratado como forasteiro, no mesmo balaio que Antônio João Dourado. E é aí que discordo! Quanto a Pedro, Izaías, Ivo Amaral, Silvino, Bartolomeu, etc.
Pode-se discordar de suas condutas políticas, mas não se pode desmerecer a vida que construíram aqui.
Pode-se discordar de suas condutas políticas, mas não se pode desmerecer a vida que construíram aqui.
Não sou tão radical quanto Paulo Camelo que exige a naturalidade em nossa cidade para uma candidatura. Embora respeite e entenda seu posicionamento. É uma forma de lutar pela cidade, de fazer valer o amor que se tem por ela.
Mas creio que a legitimidade acontece quando se escolhe esta cidade para viver, constituir família, e nela crescer e produzir naturalmente, como tantas pessoas que temos aqui, que amam verdadeiramente Garanhuns mas nasceram em outras cidades. Muitas já estão aqui há décadas.
Gente que escolheu nossa cidade, deixando definitivamente sua terra-natal, e aqui encontrou paz, trabalho e amizades, e nossa cidade entrou em seus corações como um carinho de uma terra materna. A política é, portanto, natural, você quer participar das decisões da terra em que definitivamente vive. Ela não pode ser por si só o objetivo final. Entendo assim.
Vejo que tem muita gente que não nesceu aqui, que ama Garanhuns mais que muitos conterrâneos que vendem, a cada eleição, seus votos e suas consciências. Presenteando à cidade-mãe com o relento e indiferença.
Outros nomes como Hélder Carvalho e Izaías Régis, são exemplos de gente que se estabeleceu em Garanhuns, e que aqui reconstruíram suas vidas. Se as pessoas concordam ou não com o que defendem, é outra história, mas não se pode negar a estes e qualquer outro que não tenha nascido aqui, o desejo de contribuir com Garanhuns.
Estes que vivem e amam Garanhuns continuarão por aqui depois das eleições, independentemente do resultado delas, pois a escolha de aqui morar não teve, no momento da decisão, objetivos políticos.
É o caso de Pedro Falcão e de outros amigos como Roberto Almeida e Maria Almeida, que mesmo sem política, têm dado uma contribuição enorme ao desenvolvimento desta cidade, e que seria muito legítimo se qualquer um desses, um dia, quisesse participar da política local.
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