Nos últimos dias, a política de Pernambuco pareceu aqueles jogos de guerra, um tabuleiro onde as peças vão invadindo territórios, exércitos conquistam novas províncias, generais vencem batalhas com suas estratégias, etc.
Fico com a impressão que ninguém estava de fato preocupado com a adminitração nem com nada em nossa cidade, mas apenas em garantir o território nesta batalha para a guerra de fato em 2014.
Portanto, essa história de que a vinda de Antônio João é por conta de sua qualidade de administrador é balela, na verdade ele vem como o homem a conquistar um importante povoado para o comandante maior.
Vamos partir de duas afirmativas:
1. A oposição em Pernambuco está cadavélica, e muitos de seus soldados estão mudando de lado.
2. Armando Monteiro e Humberto Costa não são os candidatos de Eduardo Campos à sua sucessão.
Pronto, estão aí os motivos para a movimentação em Garanhuns.
Eduardo sabe que se quiser continuar com o poder em Pernambuco mesmo depois que deixar o trono, não poderá entregar a Armando ou Humberto, pois estes têm luz própria.
O PT e o PTB já sabem disso e por isso já estão se articulando isoladamente. Armando caminha para o centro para ocupar um espaço vago deixado pela oposição. Assim, já conversou com Sérgio Guerra e esta semana fez um afago a Roberto Magalhães.
O PT levou várias de suas lideranças a importantes cidades, principalmente da região metropolitana. Conseguiu segurar João Paulo, Tereza Leitão em Olinda e até Fernando Ferro vai estrear numa campanha para o executivo, no Cabo de Santo Agostinho, terra comandada por Lula Cabral, do PTB de Armando.
Armando preferiu não se pronunciar.
Armando preferiu não se pronunciar.
O PT recebeu a filiação do ex-prefeito de Petrolina, Odacy Amorim, que era do PSB, e o partido do governador contra-atacou levando o ministro Fernando Bezerra Coelho para assombrar a corrida sucessória do Recife, orgulho do PT.
Aliás, tá todo mundo de olho na capital. Paulo Rubem, do PDT, saiu de Jaboatão e se filiou em Recife.
Essas mudanças mostram que as três grandes forças para a campanha de 2014 estão numa guerra interna, e Garanhuns entrou no tabuleiro.
Eduardo olhou o jogo e viu a oposição forte em Garanhuns, com Silvino, Aurora e Sivaldo. Izaías é do PTB de Armando, e quando procurou as suas peças, a melhor delas foi Zé da Luz, que ele já não apoiou com vontade nas últimas eleições, pois existe uma resistência muito forte ao seu nome nas classes média e formadores de opinião na cidade. Outros nomes como Pedro Falcão, Givaldo Calado, Márcio Quirino e Alexandre Marinho ainda não despontam nas pesquisas levadas ao governador, então foi proposta uma estratégia de ataque, uma jogada de mestre, trazer um novo general para a batalha: Antônio João Dourado. Só não esperavam a resistência bravia dos habitantes locais.
Portanto, Garanhuns, em tese, seria um território do PTB na próxima batalha, naturalmente. Izaías é deputado estadual, defendendo o governo Eduardo Campos há seis anos na Assembleia, deveria receber naturalmente o apoio oficial, inclusive do prefeito atual. Não recebeu porque Eduardo não está olhando Garanhuns, mas sua própria sucessão, e não deseja ver a bandeira de Armando fincada em nossa cidade, precisa ver a sua própria bandeira, e assim aceitou a estratégia oferecida como uma possibilidade real.
Aguarda-se para ver o posicionamento de Armando Monteiro.
Aguarda-se para ver o posicionamento de Armando Monteiro.
Portanto, Garanhuns é apenas parte do tabuleiro que leva ao Palácio do Campo das Princesas.
...E a continuar assim, parece que os exércitos aliados começarão a duelar uns com os outros.
A oposição morimbunda agradece...
...e Garanhuns caminha sem um projeto competente de desenvolvimento através da sua administração municipal, pois este objetivo passa a ser secundário no tabuleiro da sucessão estadual.
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PS. Informaram-nos, que os textos dos blogs de Garanhuns estão nas mesas de muitas lideranças políticas no estado, então a todos vocês um grande abraço e obrigado por prestigiar nosso trabalho.
Embora já estejamos calejados de buscar o reconhecimento oficial da Secretaria de Imprensa de Pernambuco. Eu e meu compadre Roberto Almeida!