terça-feira, 11 de outubro de 2011

Vamos pensar no Festival de Inverno já a partir de agora


Mais uma vez vou tocar em um tema delicado. Se queremos um turista que venha de Natal, Maceió, Fortaleza, Recife, Caruaru, e outros grandes centros urbanos no Nordeste, que se hospede em hotéis e alugue casas do entorno da praça, visite nossos restaurantes, compre em nosso comércio, e ao final tenha impactado nossa economia, precisamos primar pelo FIG, e pensar nele agora!

Algumas atrações trazem apenas o turista regional, que muitas vezes vem apenas curtir aquela noite. Ou mais, noites com público local. Para um evento que é nossa fábrica sem chaminé, torna-se uma noite sem retorno. Não traz dinheiro novo.

É por isso que muita gente defende que os grandes shows na Guadalajara aconteçam somente nos finais de semana, quando a cidade está cheia de gente de todo canto. E se possível, aumentar a quantidade de finais de semana do festival. Givaldo Calado defende 30 dias. Sivaldo Albino certa vez falou em 15 dias, mas que pegue três sextas e sábados. Interessante!

Colocar nomes nacionais em dias de segunda, terça e quarta-feira, pode ser um desperdício, cultural e econômico.

Não devemos tratar o FIG apenas como uma festa, pois o evento é o nosso maior investimento e deve impactar nossa economia. Precisamos do turista que leve nosso artesanato, visite nossos pontos turísticos e que passe o máximo de dias possível na cidade, e que depois retorne em outra época do ano.

A programação deve possibilitar o entretenimento a nossa gente, mas não apenas isso. Ela deve ter o poder de atrair turistas, portanto não necessariamente deve agradar ao cliente local, mas ao turista que queremos chamar dos grandes centros regionais e que possam deixar um dinheiro aqui que vá movimentar a nossa economia.

Eu estava na transmissão da rádio e comentei que todo mundo cantava junto as músicas de Nando Reis, e não tocam na programação da emissora. Praça completamente tomada por um público jovem e vibrante. Um colega observou que era formado de turistas. Qual seria o percentual de turistas naquela praça com 30 ou 40 mil pessoas?

Meus colegas de rádio, vamos melhorar a programação musical das nossas emissoras para imapctar a formação cultural da nossa gente! (rara exceção: Jonas Lira)
E mais, para otimizar ao máximo o resultado final que fica aqui, até devemos exigir que a Fundarpe gaste o máximo possível em Garanhuns, do investimento total do Festival, que não traga tudo pronto! Afinal, foram mais de 14 milhões de reais este ano. Porém muito desse investimento já fica no Recife mesmo, ou bate-volta, chega aqui e volta pra lá. O que defendo é que lutemos para que o máximo possível deste investimento seja feito em nossa cidade, comércio, serviços e pessoal.

E tem que ter publicidade, pois os turistas que queremos atingir têm que estar bem informados sobre o nosso Festival de Inverno.

Se possível, a partir de agora! Não podemos mais pensar no festival faltando apenas quinze dias para ele. O presidente da Fundarpe disse que criaria uma espécie de diretoria no órgão exclusivo para o FIG, mas parece que foi no calor do evento (ou no frio) e nada mais se falou.

Se há um órgão exclusivo para o grande evento, este grupo poderia passar o ano trabalhando a sua documentação, catalogação para termos a história do nosso Festival em um local onde pudesse ser visitado durante todo o ano, o nosso memorial multimídia do Festival de Inverno, como queria nosso querido Jeferson.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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