Conversamos com o prefeito de Canhotinho, Álvaro Porto, que se mostrou surpreso com a decisão do TCE de considerar ilegais 55 contratações em sua administração. Álvaro informa que não recebeu nenhum documento do órgão comunicando a irregularidade, e portanto não tem como antecipar nenhuma explicação, mas que ao contrário do que diz o TCE, não tem incentivado o nepotismo em Canhotinho. "Teve um caso de um sobrinho que estava contratado como médico e que precisou deixar porque passou na residência na capital. E com o quadro de falta de médicos que temos, se ele pudesse ainda estava lá, não porque é meu sobrinho, mas porque precisamos de profissionais na área". Quanto a um outro nome na lista que é colocado como sendo sua irmã, Álvaro demonstra a maior supresa de todas -"Nunca ouvi nem falar. Vai ver que tenho esta irmã e não sei."
A informação diz que o prefeito contratou amigos também, e Álvaro se defende dizendo que se não puder contratar amigos na cidade vai ficar difícil administrar, pois conta com mais de 90% de aprovação popular justamente pela sua forma amigável de tratar as pessoas, considerando todos amigos.
Mas o problema mesmo é o tempo de contrato que teria excedido o prazo máximo de dois anos. O prefeito informou que estará divulgando uma nota oficial, e também buscará informações ao TCE, para verificar junto a Secretaria de Administração do município as condições dos contratos citados pelo tribunal. "São contratos que excederam o prazo de dois anos, no período em que estávamos fazendo o concurso para o funcionalismo municipal". - Completou o prefeito canhotinhense, demonstrando confiança na resolução do problema junto ao Tribunal de Contas do Estado.
Álvaro, já reeleito, tem uma das maiores aprovações pela população do Agreste Meridional.