Garanhuns tem sua praça de eventos chamada de Guadalajara, em homenagem à cidade mexicana onde a seleção brasileira jogou lá em 1970. Dá pra imaginar, seguindo a linha de raciocínio, que a cidade deveria ter mais praças relacionadas a outras conquistas da seleção, ou então que fosse comum toda cidade ter praças com esta inspiração. Não, não é comum nem uma coisa nem outra.
Então percebe-se claramente que a cidade de Guadalajara, mesmo que nos traga boas recordações, principalmente para quem gosta de futebol, não tem qualquer identidade com o nosso município. Talvez nem saibam que existamos.
Continuo acreditando que Garanhuns já deveria chamar de Esplanada Cultural Mestre Dominguinhos, aí sim, uma grande e justa homenagem, com uma bela estátua, que se tornaria um marco cultural, como o Gonzaga na entrada do Pátio do Forró em Caruaru e no Parque Asa Branca em Exu. Como é Onildo Almeida na Feira de Caruaru. Imaginem a cada ano, citarmos Dominguinhos ao divulgar as atrações que vão se apresentar no espaço que leva o nome de um dos maiores músicos do Brasil, e que para nossa felicidade nasceu e ama esta terra!
Vejam o que seria identidade de verdade. Um grande músico, que levou o nome de nossa cidade para todos os lugares do país, depois ver todos os artistas virem pra cá, pisar e tocar no seu palco.
E não digam que não se pode homenagear porque ele está vivo, é a maior besteira que um ser humano pode pensar. A gente tem é que incentivar o reconhecimento a todas as pessoas que fazem por merecer. E se o homenageado ainda está com a gente, o momento torna-se sublime, ele poder ver este reconhecimento!
Quem sabe este Festival de Inverno inspire nossas autoridades a prestarem esta homenagem, já que somos tão econômicos em reconhecer valores de nossa terra. Por exemplo, alguém sabe dizer o que Garanhuns fez para recordarmos Cristina Tavares e Toinho Alves?