Uma empresa orgulho nacional, um símbolo de desenvolvimento e uma marca do Brasil para o exterior, mas vinculada aos governos, sempre tratada politicamente, e pior, envolvida em escândalos. Esta é a Petrobras que volta aos noticiários devido à compra mega super hiper faturada de uma refinaria nos Estados Unidos, por valores superiores a R$ 1 bilhão, quando supostamente só valeria 5% deste total. Já tem gente presa, outros em investigação e o Governo sem dar respostas convincentes. É claro que não dá pra se satisfazer somente com auditorias e sindicâncias internas, e por isto, mesmo em ano eleitoral e com o risco de se utilizar politicamente do episódio, que a população brasileira quer saber sobre os escândalos envolvendo a empresa estatal.
Perguntamos na enquete do blog se nossos e-leitores aprovam a criação da CPI da Petrobras, e 74% concorda que sim, e apenas 26% dizem que não, pois acham que o que está sendo feito é para fazer jogo eleitoral.
Foram 209 votos.
A criação da CPI já é dada como certa e o governo monta sua estratégia para evitar maiores desgastes, e duas alternativas são estudadas. Vincular outros casos que possam aparecer tucanos e socialistas, e colocar parlamentares de confiança nos principais cargos da CPI, como a relatoria, e para isto os líderes já estão em campo. Outra estratégia é relembrar os escândalos tucanos e comparar a Petrobras de hoje com a época do PSDB no governo Fernando Henrique.
Pelos senadores que assinaram pela instalação da CPI, vê-se claramente que a oposição tem total interesse na investigação, com ampla maioria do PSDB, DEM e PSB. Percebe-se também membros rebeldes do PMDB e partidos menores, que foram importantes para dar a quantidade de votos necessários, como o PSOL do candidato a presidente Randolfe Rodrigues.
Ninguém do PT assinou. Claro.