quinta-feira, 16 de abril de 2015

Governadores nordestinos unidos contra a crise nacional que já tirou 60 mil empregos na região

Governadores estão preocupados com a crise nacional que afeta o Nordeste


Durante a reunião desta quarta-feira (15) entre os governadores do Nordeste e as bancadas da região no Senado Federal e na Câmara dos Deputados, o governador Paulo Câmara defendeu medidas que permitam ao Brasil superar a crise deste ano de 2015 e voltar a crescer a partir do próximo ano. O encontro ocorreu no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, e serviu para debater questões de interesse do Nordeste, como projetos e propostas, em tramitação no Congresso Nacional, que prejudicam as contas dos estados nordestinos.

Além de Paulo, participaram da reunião os governadores Ricardo Coutinho (PSB-PB), Rui Costa (PT-BA), Renan Filho (PMDB-AL), Flávio Dino (PCdoB-MA), Camilo Santana (PT-CE), Wellington Dias (PT-PI), Robinson Faria (PSD-RN) e Jackson Barreto (PMDB-SE), além do ministro das Cidades, Gilberto Kassab.

“Questões fundamentais para o equilíbrio federativo, para atravessar esses desafios de 2015, um ano que vai ser marcado por um PIB negativo. Estamos enfrentando, pelo quarto ano consecutivo, uma grande estiagem. A questão do desemprego também chegou ao Nordeste. O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de janeiro e fevereiro mostrou uma queda de 60 mil postos de trabalho sendo fechados na região Nordeste, comparado com o mesmo período de 2014”, alertou Paulo Câmara.

O governador de Pernambuco também lembrou que a inflação está voltando, especialmente na área de alimentos. “Verifica-se claramente na população que não se compra mais o que se comprava com o salário que tem.”

Paulo Câmara disse aos senadores e deputados do Nordeste que os governadores já solicitaram à presidente Dilma Rousseff e ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a rediscussão do Programa de Ajuste Fiscal (PAF) dos Estados, para que seja possível buscar novas linhas de crédito para investimentos.

“É fundamental, num momento como esse, que os estados tenham a oportunidade de continuar investindo. Investindo em linhas de crédito que já existem. Linhas de organismos internacionais, como o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, entre outros. Essa é uma agenda que precisa ser tratada: a agenda de investimentos”, defendeu o governador de Pernambuco.

Câmara pediu, ainda, a atenção de deputados e senadores para a “agenda parlamentar” entregue pelos governadores. “Nos colocamos à disposição do Parlamento para discutir esses temas, mas, principalmente, para que tenham todo o equilíbrio na hora das votações de projetos que implementam despesas para os Estados ou projetos que diminuem as receitas”, pontuou.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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