A antiga Arena virou PDS que virou PFL que virou DEM, que não sabe o que fazer.
O partido que representava a direita no Brasil e que era o preferencial da Ditadura Militar, e que por anos esteve como protagonista dos governos pós-militares, tendo inclusive a vice-presidência da República com Marco Maciel, vem nas últimas décadas definhando, definhando...
A representatividade no estado hoje se limita ao deputado Federal Mendonça Filho e a estadual Priscilla Krause.
Em nível nacional a coisa não está muito diferente, a liderança de maior envergadura tem sido o prefeito de Salvador, ACM Neto, que diga-se de passagem, foi escolhido o melhor do Brasil.
Já foi pensado em se unir ao PSDB, já que foi durante anos o fiel escudeiro. Entretanto, neste período, os Tucanos foram para a vitrine e o DEM sucumbiu. Já foram pensadas uniões com outros partidos também, possivelmente PMDB e PDT.
O declínio veio neste tempo, com as principais lideranças se aposentando, e a falta de renovação por não participar das eleições. Time que não joga não tem torcida.
Agora o DEM conversa com o PTB para uma fusão.
Tá mais pra confusão.
Diferenças regionais dificultam, mas não impedem, uma maior aproximação. Pernambuco é um desses casos. O PTB local está com os dois pés no governo Dilma, e na oposição estadual. O contrário do DEM de Mendoncinha, que já avisou que não muda suas posições.
Nesta terça-feita, em Brasília, nova mesa de conversa com as principais lideranças.
É bom lembrar que o PTB está na oposição a Dilma, o que facilita o diálogo.
Armando não pode deixar o partido, devido à fidelidade partidária, mas neste caso, sendo contra estas mudanças, poderia alegar que sua legenda é que mudou, e aí estaria com as portas abertas para levar seu grupo para outro lugar, já que o próprio PTB o descredenciou de representar o partido no Governo Federal.
Seria o PDT?
Mas tem muita gente querendo a união no estado, pois o PTB tem muitos dos seus quadros egressos da antiga direita estadual, e representantes do empresariado, que duelavam com os socialistas, seria uma volta às raízes.
Como a cada eleição o DEM pensa em algo para mudar o próprio Status Quo, tudo pode acontecer, inclusive nada.