O jornalista Magno Martins fez um texto duro dizendo que o PSB estaria enterrando o partido junto com Eduardo Campos, se a legenda socialista não defendesse o Impeachment da Presidente Dilma (PT). Magno afirma categoricamente que seria esta a posição do ex-governador e presidente do partido, referendado por suas últimas posições de afastamento do governo e críticas à gestão da petista.
Na campanha, o PSB seguiu o curso natural, lançou Marina Silva, que hoje está na sua Rede, e depois apoiou Aécio Neves. Marina já se posicionou contra o Impeachment, mas defende a cassação do mandato de Dilma pelo TSE, dela e de Michel Temer, pelas irregularidades da campanha. O caso no Tribunal ainda está em curso. Aécio e o PSDB, com os partidos aliados de primeira hora, estão na trincheira de frente pelo impeachment.
O PSB tem estado independente, mas na verdade seus filiados têm se dividido. Não há uma convergência. O próprio governador Pernambucano, Paulo Câmara, retirou seu nome da nota dos Governadores Nordestinos, escrita pelo petista baiano, Rui Costa, mas depois desdisse e afirmou ser contra o afastamento da presidente. Paulo receou se adiantar ao partido, que ainda não se decidiu.
A reunião que iria deliberar sobre o tema foi adiada para o dia 17. Enquanto isso, o partido se divide. Percebe-se claramente que os gestores, principalmente os governadores e prefeitos, com o pires na mão, não querem bater de frente com Dilma, que bem ou mal, ainda tem a chave do cofre. E se escapar dessa, tem ainda três anos pela frente, mesmo tempo de mandato dos governos estaduais.
No legislativo, Câmara e Senado, percebe-se um viés de aproximação à oposição, inclusive o partido fez parte da chapa que venceu a eleição interna para a Comissão que vai analisar o Impeachment da presidente. Pernambuco estará representado por Tadeu Alencar e Fernando Filho.
O argumento do Governo para barrar o Impeachment é que não há qualquer irregularidade da presidente que legitime sua saída, e por isso declara a ação como golpista. A oposição aponta as pedaladas fiscais, que fazem Dilma incorrer no Crime de Responsabilidade, que legitima o pedido. Contudo, a questão passa a ser mais política que jurídica. O ideal é que a coisa fosse técnica. Explicando: Se cair, é por isto, por isto, e por isto".
E o PSB precisa tomar uma decisão, embora sabendo que conseguir agora a unanimidade dos seus filiados será tarefa árdua, praticamente impossível, depois do debate deflagrado e o processo em curso. Mas fico com a impressão, que todos se unem se vier um novo governo.