Comendo carne importada, Governo Temer critica ação da Polícia Federal e defende empresas
Michel Temer tentou, neste domingo (19), minimizar o escândalo da carne, que ameaça prejudicar as finanças e a imagem do maior exportador de carne bovina e avícola do mundo. As principais marcas do país estão envolvidas em um esquema sanitário, junto a agentes do Ministério da Agricultura, responsáveis pela fiscalização dos frigoríficos, que foram desbaratados pela Polícia Federal. Dentre as falcatruas, papelão misturada à carne, e também carne podre distribuídas sem nenhuma cerimônica para os consumidores.
Temer convocou ministros, empresários e embaixadores dos maiores mercados de carne do Brasil para reuniões de emergência em Brasília, nas quais alegou que os frigoríficos envolvidos no escândalo são apenas 21, em um total de quase 5.000.
CARNE IMPORTADA NA MESA DE TEMER
Em um gesto político para tentar minimizar os efeitos negativos da Operação Carne Fraca, Michel Temer jantou neste domingo (19) em uma churrascaria de Brasília acompanhado de ministros, embaixadores e representantes de 27 países. O preço no rodízio é de R$ 119,00 por pessoa.
BISONHADA
Provavelmente sem saber, a carne bovina que Temer comeu, não era de origem brasileira, segundo funcionários do próprio restaurante. Somente as carnes suínas e de frango servidas no local são nacionais. A carne bovina é importada da Argentina, Uruguai e Austrália.
POLÍCIA FEDERAL
Temer, em entrevista, criticou a ação da PF, mas não fez declarações quanto ao comportamento das mega-empresas que ludibriaram os consumidores de todo o mundo com carne estragada, e que se não posse a ação policial, continuariam a trabalhar normalmente. As empresas são das maiores patrocinadores de campanhas políticas no país.