sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Joaquim Barbosa, Lula, Geraldo Alckmin e os caminhos para o PSB Nacional na campanha para presidente

Joaquim Barbosa teve apoio da Negritude Socialista Brasileira, do PSB, que lembrou a frase histórica cunhada por Eduardo


O Partido Socialista Brasileiro, presidido por Carlos Siqueira, está tendo muito cuidado em não antecipar decisões no aspecto nacional antes das arrumações estaduais. Dá para perceber que dois estados têm atenção especial, São Paulo e Pernambuco. 

Em São Paulo, o vice-governador Márcio França (PSB) vai herdar o cargo de Geraldo Alckmin (PSDB) que vai abdicar do restante do mandato para se candidatar à Presidência. Márcio espera o apoio dos tucanos para sua candidatura a governador, e em troca, o PSDB quer o apoio dos socialistas em todo o país para Alckmin. Não é fácil por dois motivos: Os próprios tucanos estão divididos quanto à possibilidade de perder São Paulo para o PSB, estado maior da federação, e que governam há décadas. A outra questão são os arranjos estaduais, por exemplo, o PSDB em Pernambuco está na oposição a Paulo Câmara. Precisaria uma rearrumação no discurso de Bruno Araújo e João Lyra.

Parte do PSB não esconde a simpatia por Lula, o que gera constrangimento em apoiar Alckmin em alguns estados, a exemplo da Paraíba de Ricardo Coutinho (PSB).

CANDIDATURA PRÓPRIA

Seria uma saída, principalmente se tiver uma candidatura viável. O nome provável é do ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, que tem boa aceitação na população esclarecida, e traz o aspecto de novidade no meio político desgastado. Joaquim espera ver o PSB unido em seu apoio, mas já lembraram a ele que nem Eduardo Campos, que era presidente e tinha o controle absoluto do partido conseguiu unanimidade quando se lançou à Presidência da República. Se a candidatura de Joaquim deslanchar, aparece gente de todo lado, Eduardo sabia disso e estava começando a decolar quando aconteceu o acidente.

Outros projetos como Ciro Gomes e Marina Silva são muito difíceis do ponto de vista nacional, com os palanques estaduais montados politicamente. O deputado do PSB Beto Albuquerque, que foi vice de Marina na última campanha, pediu ao partido para ser candidato, mas parece que não vão levar à sério. Bolsonaro está totalmente descartado.

Se o PSB tiver candidato é Joaquim. Se não tiver, pode ser Alckmin, com restrições. Pode ser Lula? Dificilmente, pois ninguém sabe nem se ele poderá ser candidato. Outros partidos que sempre estiveram com Lula já estão buscando viabilizar suas próprias candidaturas.

Agora imaginem se Lula apoiasse Joaquim! Mas isso é pauta para outra conversa.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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