Novos recordes diários de mortes e infecções confirmadas mostram que a Covid-19 segue em aceleração no Brasil. Nas últimas 24 horas, o país registrou 3.257 diagnósticos, o que elevou o total de contágios para 33.682. O número de casos fatais subiu para 2.141, com 217 confirmações desde ontem.
O que está sendo feito: as medidas de isolamento social foram prorrogadas para até 10 de maio em São Paulo, estado onde a epidemia já provocou 928 mortes e 12.841 contágios. No município do Rio, que soma 64 casos fatais, a população será obrigada a usar máscaras nas ruas . O prefeito Marcelo Crivella anunciou que vai editar um decreto oficializando a medida.
Ao dar posse ao novo ministro da Saúde, Nelson Teich, o presidente Jair Bolsonaro repetiu críticas às medidas de isolamento social adotadas por governadores e defendeu a reabertura de estabelecimentos comerciais. “Essa briga de começar a abrir para o comércio é um risco que eu corro, porque, se agravar, vem pro meu colo”, afirmou. Bolsonaro pediu a Teich que adote posição ponderada: “Junte eu e o Mandetta e divida por dois”.
Em paralelo: os ataques de Bolsonaro ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, provocaram uma união suprapartidária em defesa do deputado. Parlamentares manifestaram desconforto, e o Senado desistiu de votar a medida provisória do programa de emprego Verde e Amarelo. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, fez elogios a Maia.
Seis em cada dez pessoas no planeta estão sob ordem ou recomendação para ficarem confinadas em casa. As medidas de restrição à circulação atingem 4,5 bilhões de cidadãos de 110 países, como forma de resposta à pandemia do novo coronavírus, que superou hoje a marca de 150 mil mortes. Um terço dos óbitos foram registrados na última semana.
Em detalhes: a Organização Mundial da Saúde alertou para a propagação do coronavírus na África. O continente tem mil mortes e mais de 18 mil casos confirmados e, segundo a OMS, pode chegar a 10 milhões de contágios em até seis meses.