O isolamento do país ganha contornos econômicos reais. Com uma contração recorde de 62% na atração de investimentos por conta da incapacidade de controlar a pandemia da covid-19 e diante das incertezas sobre os destinos econômicos e políticos do país, o Brasil despencou no ranking da ONU dos locais que mais receberam recursos externos em 2020.
Em 2019, a economia brasileira era a sexta no ranking da ONU de atração de investimentos no mundo, anúncio que chegou a ser comemorado pelo presidente Jair Bolsonaro em suas redes sociais. O país, porém, terminou o ano de 2020 apenas como o 11º maior beneficiário e perdeu até mesmo a liderança na América Latina.
Os novos níveis de investimentos no país são equivalentes apenas ao que se registrou há 20 anos.
Dados publicados nesta segunda-feira pela Conferência da ONU para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) revelam que o Brasil recebeu US$ 24,8 bilhões em investimentos diretos em 2020, contra US$ 65 bilhões um ano antes.
Com a queda, o Brasil perdeu espaço entre os principais destinos, foi superado por Suécia, Alemanha, Índia e Luxemburgo e, na América Latina, foi ultrapassado pelo México.
Em reportagem publicada hoje pelo UOL, o colunista Jamil Chade mostra que o Brasil caiu da 6ª posição para a 11ª entre principais destinos de investimentos no mundo, segundo a ONU, além de apresentar que os fluxos de recursos externos voltaram aos patamares que o país registrava há 20 anos e México assume a liderança latino-americana.