Juiz autorizou a quebra do sigilo do registros de chamadas telefônicas e dos metadados de 11 ex-funcionários do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Câmara Municipal do Rio. A informação é da colunista Juliana Dal Piva.
Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio), já havia liberado a quebra de sigilos fiscal e bancária do vereador.
Rubioli disse identificar "indícios rotundos de atividade criminosa em regime organizado" e que Carlos é "citado diretamente como o chefe da organização".
A 3ª PIP (Promotoria de Investigação Penal) investiga a existência da prática de rachadinha, a entrega ilegal de salários dos assessores, e da nomeação de pessoas que eram "funcionários fantasmas".
Com a decisão, os investigadores terão acesso a histórico de chamadas telefônicas efetuadas e recebidas, dados cadastrais, de conexão com Wi-Fi, de localização e das antenas que tenham sido utilizadas pelos investigados enquanto trabalharam na Câmara do Rio, em períodos entre 2005 e 2019.
Procurada pela coluna, a defesa de Carlos Bolsonaro não se manifestou. Em declarações anteriores, Carlos Bolsonaro escreveu, em seu perfil no Twitter: "Na falta de fatos novos, requentam os velhos que obviamente não chegaram a lugar nenhum e trocam a embalagem para empurrar adiante a narrativa".