A alta no preço do diesel, a redução de passageiros transportados na pandemia e a demanda por reajustes salariais de motoristas e cobradores pressionam prefeituras e governos estaduais a decidir se elevam as passagens do transporte público ou concedem subsídios a empresas de ônibus, trens e metrô. O cenário faz do transporte público candidato a vilão da inflação em 2022, ano eleitoral.
A Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) afirma que o déficit das companhias foi de R$ 17 bilhões durante a pandemia. Segundo estimativas, repassar os custos para a tarifa paga pelos passageiros significaria aumentos de 40% a 50% — o que é considerado inviável. O reajuste, estima o economista Cláudio Frischtak, da Inter.B, deve ficar acima de 10%. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), declarou que o reajuste é “inevitável”. A prefeitura do Rio já anunciou que as empresas receberão subsídios.