A onda de contaminações pela variante Ômicron no Brasil já é refletida nas estatísticas, mesmo diante da falta de testes. A média móvel de casos de Covid-19 bateu recorde ontem: 83.630. Em duas semanas, o aumento foi de 575%. Pesquisadores acompanham a evolução da crise em outros países para entender o que pode acontecer por aqui. África do Sul, Reino Unido, Canadá e Austrália atingiram o pico de infecções entre quatro e seis semanas; depois, redução acentuada. “Se considerarmos a semana entre Natal e Ano Novo como início da curva epidemiológica, teremos o pico no começo de fevereiro para depois começar a queda”, afirma Julio Croda, da Fiocruz. A escassez de testes e o apagão de dados do Ministério da Saúde dificultam a avaliação, ponderam especialistas.