quinta-feira, 30 de julho de 2009

Eu estive lá - Jovens tardes de domingo


Inexplicável esse esporte bretão. 22 homens correndo de um lado pra outro, chutando uma esfera de couro e milhões de pessoas sofrendo ou vibrando se ela ultrapassa uma área específica que fica entre três tubos de canos de ferro. Os objetivos são claros, colocar a bola lá e não deixar que coloquem cá. Ninguém pode usar as mãos, exceto o derradeiro, que pode impedir esse ato extremo segurando a bola. Pois é, não é pra se entender mesmo. Nem tudo é em si exato e preciso. E o futebol é isto! Quem nunca sentiu esse toque lúdico que continue com sua lucidez ou aventure-se a perder o senso e a razão. Mas é bom torcer, vibrar, sentir a emoção de um estádio pulsante. A gente vai ficando com a cara do time que a gente torce porque é natural que cada time tenha as feições da sua torcida. Mas nem sempre é assim. Vejam meu santinha, que ressurgirá das cinzas. Quarenta mil pessoas vão ao Arruda para ver esse time voltar aos dias de glória, e esse dia tarda! Perde novamente, aí muda tudo pra continuar tudo do mesmo jeito. Quem dera pudéssemos voltar num toque de mágica àquela tarde de 26 de novembro de 2005. O Santa foi disparado o melhor time da segunda divisão, perdeu o título para o Grêmio no último minuto, do segundo tempo, por causa de um apagão histórico que deu no Náutico, que com dois ou três jogadores a mais, perdeu dois pênaltys com a bola rolando e ainda conseguiu perder o jogo e sua vaga na primeira divisão do ano seguinte. Eu estive lá, vi meu santa vencer a Portuguesa de virada, numa partida de mexer com as emoções de qualquer torcedor, que mesmo depois de alguns anos, recorda com saudade o tempo que passou. O tempo passa tão depressa mas em mim deixou, jovens tardes de domingo, tantas alegrias, velhos tempos, belos dias. Recentemente estive no Maracanã (tem coisas na vida que não dá pra morrer sem vivenciá-las!) e vi apalermado 80 mil pessoas cantando em uníssono para o seu time - "Eu / sempre te amarei / Onde estiver, estarei / Ó meu Mengo". A música era o tema da Vitória que marcava nossas manhãs de domingo nas muitas emoções que me deu meu amigo Ayrton Senna do Brasil. Peço permissão para alterar o último verso da paródia pra colocar a declaração ao meu santinha. - Ó meu Santa! Como entender essa paixão? Na dor, o sentimento de carinho floresce com maior brilho, pela necessidade daquele que sofre! Avante Santa! Tem um estado torcendo por você e esta torcida, que não te abandonará! Nunca!

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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