Ideologicamente alguém pode discordar de suas convicções. Se é que ainda há ideologia na política. Mas como falar contra o mais discreto político da história recente de Pernambuco, vice-presidente da república por dois mandatos, ex-governador, ex-ministro da educação e que durante toda sua vida esteve sempre ocupando cargos públicos, a partir da prefeitura do Recife, durante a ditadura. Este é Marco Antonio de Oliveira Maciel. Poucos políticos se adequaram tão bem ao regime democrático sem ter sua vida em algum momento e algum dia axincalhada pela opinião pública por estar metido nas rotineiras lambanças do senado federal. É hoje um dos responsáveis pela reforma política nacional. E lembremos que em 2010 teremos duas vagas em aberto para o senado e uma cadeira é justamente a sua. Enquanto na oposição Armando Monteiro começou sua campanha para aquela casa já há alguns anos e João Paulo sonha ser o mais votado, na situação Sérgio Guerra não pensa diferente e percorre todo o estado, inclusive buscando fazer furos na base do governo estadual, Marco Maciel parece que não está nem aí, vendo tudo por cima, no alto de sua experiência e na certeza de seu prestígio. Se será candidato ou não, isto ele mesmo é quem escolhe, tem história pra isso, pode até vestir o pijama, o que duvido. Estarei, segunda e terça-feira, em Recife, participando do seminário sobre Eleições, Partidos e Reforma Política, com várias personalidades políticas do estado (João Paulo, Mendonça Filho, Augusto Coutinho, Alberto Feitosa, André de Paula, Paulo Rubem, etc) e professores acadêmicos, e a abertura será com este senador. Alguém pode até discordar dele mas deve parar para ouvir o que ele tem a dizer.