quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O Fim da Reeleição



O país tem seu tempo de mandato no poder executivo conforme a conveniência da conjuntura de sua época. Sarney queria uma ano a mais, distribuiu concessões de rádio e Tv e o congresso aprovou. FHC queria a reeleição, o congresso aprovou (acho que foi proposta do Mendoncinha). Alguns até dizem que Lula queria o terceiro mandato, mas aí já seria demais, embora o homem esteja com sua popularidade massacrando a oposição. Mas esta tal de reeleição tem causado problemas pelo Brasil. A ideia não é má, seria uma forma da população extender o governo de um gestor que está se saindo bem, mas na prática não é isso que acontece. Um prefeito, governador ou presidente, com a máquina na mão e a chave do cofre só perde uma reeleição se de fato tiver sido uma calamidade como administrador, o que acontece na realidade é que todos eles se reelegem, e quanto menor o município, maior a dependência da população dos seus políticos e da máquina pública e aí, reeleição certa. Aí um mau administrador fica quase uma década a frente de uma cidade, e atualmente na velocidade da modernização tecnológica e do crescimento brasileiro no mundo, uma década perdida pode não se recuperar mais. É quase uma discussão que ganha ares de unanimidade acabar com a reeleição. E por que não se acaba? Porque acabar com ela é discurso de oposição, até ganhar o poder, quando se chega lá, ninguém que perder este poder. Então para isto se precisa de um grande consenso político nacional e para isto não teria melhor momento que este, com a corrida presidencial em aberto e candidatos sem grandes empatia com o eleitorado. Até para Lula seria interessante, se de fato ele pensa em voltar à presidência, não teria pela frente um candidato à reeleição. Se não dá mais para mudar a regra de 2010, então que se pense em 2014 para presidente e 2012 para prefeitos. Outra coisa, acabando a reeleição, os mandatos de 4 anos ficaram curtos, teríamos que extendê-los para 5 ou 6 anos, dando tempo para que se fizesse uma verdadeira agenda de trabalho e não se pensasse tanto em eleição e política. Vamos também falar dessas eleições a cada dois anos no Brasil em que paramos de trabalhar e gastamos milhões. Mais, acho que precisamos rever a forma do voto proporcional, o sistema eleitoral atual privilegia quem tem dinheiro e pode comprar apoios de prefeitos, vereadores, líderes comunitários... Mas isto vamos analisar em outro post.

RÁDIO MÚSICA BRASIL MPB

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