segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Tá aí, mais uma boa polêmica!


Está no blog do Jamildo Melo, do Jornal do Commercio:
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Polícia barra travestis em banheiro feminino da Assembléia de PE e deputados reagem
Funcionários da empresa de limpeza e manutenção da Assembléia Legislativa de Pernambuco se sentiram incomodados com o uso do banheiro feminino por travestis e chamaram policiais militares que fazem a segurança da Casa. O grupo de travestis tinha ido à Assembléia participar de uma audiência da Frente Parlamentar LGBT, no plenarinho 3 localizado no segundo andar do prédio anexo ao Plenário. A presidente da AMOTRANS (Associação do Movimento de Travestis e Transexuais de PE) Gleiciane Andrade, que participava da reunião, pediu providências aos deputados membros da Frente. Dois dos parlamentares, Isaltino Nascimento e Jacilda Urquisa, foram até o corredor, onde fica o banheiro, e determinaram o livre acesso para os travestis. "Essa casa é do povo" ressaltou Nascimento.
Com o episódio, a Frente Parlamentar pediu advertência para os funcionários da empresa terceirizada envolvidos. As entidades ligadas à Frente farão um trabalho de senbilização com os funcionários da Assembléia incluindo os Policiais Militares que trabalham na segurança do local.
"Nós já tínhamos sofrido discriminação no elevador quando a Frente foi instalada. O rapaz que trabalha no elevador disse uma piada com a quantidade de gays que estavam entrando" contou o coordenador de projetos da ONG Leões do Norte, Rildo Veras.
(Da Redação do Toda Forma de Amor)
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Agora comigo: Alguns comentários no post do Jamildo discutem que banheiro, masculino ou feminino, deve ser utilizado pelos travestis. Será necessário a construção em órgãos públicos para eles (ou elas) de banheiros públicos? Assim, não se estará discutindo um reconhecimento a um terceiro sexo ou será prova de discriminação? Como definir se o travesti é homem ou mulher para a simples realização de necessidades fisiológicas? Não creio que os funcionários da Assembléia neste caso agiram com preconceito (embora não saiba detalhes do incidente), mas é a falta de informação e de uma discussão mais abrangente sobre o tema que possa proporcionar esses direitos aos travestis de Pernambuco. E vejam, isto aconteceu numa Assembléia Legislativa do Estado, e se fosse num banheiro público comum e os travestis estivessem vestindo roupas normais do seu dia-a-dia? Portanto, mormente se faz aprofundar a discussão por respeito aos próprios travestis.

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