Caro Ronaldo César,
Lendo seu blog encontrei de vezes anteriores alguns comentários sobre as eleições de 2010, especificamente sobre as candidaturas a Deputado cujos nomes tenham domicílio eleitoral em Garanhuns. Observei também que há um certo "bairrismo pontual" quando a eleição é para Deputado Estadual, cuja recíproca não é verdadeira quanto aos cargos de Deputado Federal, assim como para Prefeito.
Por outro lado, Garanhuns é uma cidade Cosmopolita, onde um grande contingente da população nativa migrou para outras cidades. Consequentemente, Garanhuns está sendo repovoada por pessoas de outras cidades, cuja parcela que se envolve na política, em sua maioria, não defendem a superação das nossas deficiências através dos ensinamentos daquilo que norteia a construção de uma sociedade igualitária e socialista. Por esta razão sugiro a politização do processo eleitoral através da discussão dos grandes temas estaduais e nacionais. Assim sendo, é muito importante discutirmos as demandas feitas pela nossa população, inserindo-a no processo político-eleitoral como autora das mudanças e não como subserviente ao processo eleitoral viciado e fraudado a toda hora. Isso que Izaías faz ao promover festas, sua imagem pessoal e a do burguês e deputado Federal, Armando Monteiro, é uma fraude eleitoral. Assim como se constitui numa fraude eleitoral o Deputado A ou B, afirmar que conseguiu verba X ou Y para tal município. O dinheiro é público, não é do Deputado. Precisamos discutir como votam os Deputados na Assembléia Legislativa Estadual e no Congresso Nacional. A PEC do Calote, como foi que votaram os Deputados Federais?
Alguns Deputados são assim: votam no Congresso contra os interesses do povo e ao mesmo tempo dizem que "conseguiram" verba A ou B para algum município. Quer dizer, eles "beliscam" e "assopram", tratando o povo como se fosse "pedinte". Os Deputados são em sua maioria defensores dos interesses do capital, cabendo aos trabalhadores elegerem seus autênticos representantes para fazerem a diferença. Não basta ser de Garanhuns, ou não, é preciso que se conheça o comportamento político do Deputado, seja através da votação, da fiscalização, dos projetos de lei e dos seus discursos. Compare o posicionamento dos nossos Deputados Federais, Luciana Genro, Chico Alencar e Ivan Valente, com os demais de direita, incluindo os sociais-democratas do PT e do PSDB, que você verá a diferença. O Deputado que só diz sim ao governo do Estado, não serve para Garanhuns. De nada adianta você eleger um Deputado que não fiscalize o governo estadual, que não apresente projeto de lei e que não defenda a instalação de CPI. O Deputado Estadual ou Federal precisa de estar antenado com as discussões dos grandes temas estaduais e nacionais, do contrário não serve para o nosso povo. Chegamos a conclusão que a nossa cidade carece de representantes que preencham os requisitos ora citados, por esta razão o PSOL Garanhuns, está discutindo o lançamento das candidaturas de Genaldo Barros, funcionário aposentado do Banco do Brasil, e Paulo Camelo, a Deputado Estadual e Federal, respectivamente, para tentarmos politizar a eleição e mostrarmos aos nossos conterrâneos que não estacionem na praça da mesmice.
Saudações Socialistas, Paulo Camelo.
.
Agora comigo: Buscamos trabalhar nas enquetes com as pré-candidaturas assumidas, portanto estaremos contando sempre com nossos amigos Paulo Camelo e Genaldo Barros. Quanto a esta questão de representação de Garanhuns, sendo ou não o candidato daqui, acredito que o importante é estar comprometido com nosso desenvolvimento, e por isso, quem toma da nossa água tem mais conhecimento e respaldo. O que precisamos discutir de fato é uma proposta de verdade, um projeto que se possa cobrar dos eleitos como necessário para burcarmos conduzir nossa cidade ao que desejamos dela no futuro, seja ele de curto, médio ou longo prazo. Precisamos discutir quais as ações prioritárias, o que Garanhuns necessita de fato para gerar renda e emprego para seus filhos, e aí, TODOS, précandidatos, candidatos e eleitos, assumirem esse compromisso. Gosto das candidaturas de Paulo e Genaldo, por que força o debate politizado e não paternalista.
.
