Salgueiro vence Paysandu e é o 1° time do Sertão pernambucano na Série B
O jogo foi em Belém do Pará, na manhã deste domingo, onde o Carcará fez 3 a 2, diante de mais de 16 mil torcedores do Papão
No último sábado, o duelo no Cornélio de Barros em Salgueiro acabou em 1x1. Os sertanejos abriram o placar, mas permitiram a reação dos paraenses. Aí muita gente já comemorou como se o Paysandu tivesse conquistado a vaga.
Mas neste domingo foi diferente. Quem abriu a contagem foi o Paysandu. Aos dez minutos do primeiro tempo, Bruno Rangel pegou o rebote do goleiro Carcará e mandou para as redes: 1x0.
Parecia decidido.
Aos 19 minutos, Fágner empatou para o Salgueiro. Ele recebeu lançamento do goleiro, avançou pelo campo adversário e chutou forte contra a meta de Fávaro: 1x1.
Na volta do segundo tempo, aos 14 minutos, Júnior Ferrim cabeceia bonito na área para fazer o segundo gol do Salgueiro: 1x2.
Aos 22 minutos, Edu Chiquita pegou a sobra e ampliou o placar: 1x3. O Paysandu respondeu rápido com Paulão, que apareceu na área por trás da zaga sertaneja para fazer o gol: 2x3.
A pressão do Papão aumentou. Edu Chiquita, que já tinha amarelo, recebe o vermelho e é expulso aos 41 minutos. Após tumulto no lance do goleiro Marcelo, Rodolfo Potiguar recebe o segundo amarelo e também é expulso.
Aos 49, o árbitro José Cladas de Souza (DF) apita fim de jogo na Curuzu. O Paysandu continua na Série C do Campeonato Brasileiro, enquanto o Salgueiro sobe para a Série B.
O Salgueiro deu um exemplo de superação neste campeonato e Pernambuco agora tem mais um clube na segunda divisão do Brasileiro.
Para o Sete de Setembro e o Santa Cruz ficam o exemplo vencedor do Salgueiro. O Sete que precisa se profissionalizar e fazer planos de longo prazo e ao Santa Cruz que mais uma vez apostou em jogadores de fora da região, investindo caro até em um diretor de futebol de Goiás que trouxe algumas bombas como o atacante Brasão, podendo ter feito um time com revelações pernambucanas como o próprio Fagner que está no Salgueiro e jogou um bolão pelo Ypiranga de Santa Cruz do Capibaribe e o experiente Junior Ferrim, que jogou aqui na AGA, teve poucas oportunidades no Náutico, e agora foi fundamental para a conquista da vaga no nacional para o time do Salgueiro. É mais visibilidade. Os jogos estarão na televisão. Salgueiro fará parte de uma elite desportiva, como tem lucrado Arapiraca, onde o ASA vem fazendo bonito e deve permanecer na Série B. Equipes modestas, mas organizadas do futebol brasileiro, vêm ganhando o espaço de grandes tradicionais, como é o caso dos clubes de grandes torcidas Santa Cruz e Paysandu.
Muitos jogadores que vi atuar em clubes do interior têm condições de vestir as camisas dos times da capital, mas os clubes preferem investir em jogadores caros e rodados no sul do país.
Salve o Salgueiro, o time representativo do interior do estado de Pernambuco!
.
Adaptado sobre notícia do Globo.com
