O corte no funcionalismo contratado de algumas prefeituras tem sido uma necessidade por parte de alguns prefeitos para adequar as contas ao que pede a Lei de Responsabilidade, e o Tribunal de Contas tem estado atento a isto. Na região a primeira a adotar a medida foi Águas Belas, e o que parecia ser um problema localizado causado por má adminitração de pessoal foi ganhando maior proporção em outros municípios, causando maior repercussão quando Caruaru, mesmo com todo seu neopoderio econômico desligou 370 contratados. Depois outras cidades da região seguiram o mesmo caminho. A causa principal seria a queda do Fundo de Participação dos Municípios, o famoso FPM.
A se destacar duas questões: Porque isso agora? Garanhuns vai demitir?
Pode-se imaginar que as prefeituras estão superlotadas de cargos contratados, na maioria das vezes de afilhados políticos, mas muita gente que está sendo desligada tem trabalhado muito também. Existirá sempre o problema entre o contratado e o funcionário concursado. A segurança no emprego é importante a bem do serviço público para que a máquina administrativa funcione independentemente da gestão política. Por outro lado, segura gente incompetente e desmotivada. Um mal no serviço público. O sonho de qualquer administrador é um corpo funcional atuante e compromissado. Os bons profissionais são imprescindíveis tanto na esfera pública quanto na iniciativa privada.
As demissões estão em pauta porque a maioria das prefeituras estão excedendo o limite legal no gasto com pessoal e o desligamento se torna inevitável. E alguns municípios estão engessados sem receita para fazer até mesmo a manutenção da cidade. O ideal seria não ter chegado a este ponto.
E Garanhuns?
Deve acontecer sim. Garanhuns não está fora desse contexto e mesmo não tendo ainda apontado nesta direção, o prefeito Luiz Carlos deve estar, ainda este ano, fazendo esses desligamentos, que pode chegar a três dígitos, para equilibrar a folha salarial municipal com a lei e os percentuais que ela prega.
Em um momento de mais tranquilidade para o prefeito depois de algumas excelentes notícias para o município, as demissões podem novamente apontar para baixo a sua aprovação popular.
