Ao terminar a eleição 2010 foram criadas esperanças ao eleitorado pelos articuladores da campanha de Zé da Luz. A primeira etapa foi conseguir a legitimação dos seus votos, visto que passou todo o período eleitoral com sua candidatura sub-judice devido à Lei dos Ficha Suja. Conseguiu uma vitória no STF que o liberou, e assim seus votos puderam ser computados, aliás, votos esses que dariam a eleição a Zé, pois diziam que mudaria o quociente eleitoral e ele entraria no lugar de algum dos eleitos. Não mudou e ele ficou de fora, na primeira suplência. O que não é de todo ruim, pode assumir a vaga no futuro.
Mas continuaram as esperanças de momento, sob outro argumento.
Havia outra informação na cidade que o governador iria chamar para seu secretariado um dos dois eleitos pelo seu partido, a mulher do prefeito de Escada ou o ex-prefeito de Afrânio, para que Zé da Luz assumisse como deputado já agora, junto com os outros eleitos, mas já se sabia que nenhum dos dois eleitos do seu partido teria cacife para uma nomeação de primeiro escalão. Aguarda-se agora o segundo escalão, mas a verdade é que é melhor ser deputado que presidente de um órgão estadual sem repercussão. Assim, dificulta ainda mais para Zé da Luz.
Como estrear como deputado agora ficou mais difícil por esta conjuntura apresentada, seria melhor esperar uma nomeação direta para algum cargo. Existem órgãos interessantes na região que poderiam aproveitar o potencial político do ex-prefeito de Caetés, e se ele deseja voltar a ser prefeito de Garanhuns, seria muito importante agora continuar em evidência, até porque vem por aí outra campanha muito cara. E daqui pra frente são 2 anos.
E está na hora de Zé da Luz exigir algo do governador, pois se ele mesmo afirma que Eduardo pediu a sua entrada em Garanhuns, o governador tem que dar condições de seu crescimento político na cidade. Primeiro, Eduardo não apareceu aqui na campanha de prefeito, se tivesse vindo, Zé da Luz poderia estar hoje no Palácio Celso Galvão, e pela sua aprovação popular, Zé da Luz poderia ser indicado para algum órgão que lhe desse os holofotes necessários para o crescimento estadual. Mas não se vê em Eduardo uma movimentação nesse sentido. Fica somente no boca a boca da cidade o quanto Eduardo gosta de Zá da Luz, mas na prática está faltando as condições concretas por parte do governador.
A mesma coisa não se pode dizer de Ana Arraes, deputada e mãe de Eduardo, que demonstra afeição por Zé da Luz e fez com ele sua dobradinha política na cidade. Participando ativamente de suas campanhas. Pelo andar da carruagem, o mais provável seria uma assessoria da deputada, cargo pela Câmara dos Deputados.
E sinceramente, com o quadro que se forma, acredito que estaremos chegando em outra campanha para prefeito em que Eduardo, sabiamente, não pisa em Garanhuns. Ele sabe que aqui todo mundo se martela e depois chega pra ele.
Só, e somente só, se ele achar que pode perder Garanhuns para a oposição, vide Silvino, é que pode ser, pode ser, que ele pegue o ônibus da Jotude!
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