Já diz a máxima - "o ano só começa depois do carnaval". Portanto, quem vive do turismo no verão adooora quando ele vai mais pra frente, em março é uma jóia. Mas pra gente, fevereiro sem carnaval soa estranho!
As praias estão lotadas e assim devem se estender pelo mês de janeiro e adentrar o mês de fevereiro até chegar na festa de momo. Acho que foi ano passado que o carnaval pegou o comecinho de fevereiro, acho que dia 2, assim também não dá, nem tão pra cá, nem tão pra lá.Garanhuns precisa aprender a ganhar com esses meses. Janeiro não tem nada. Se não tem como competir com as praias, ao menos fazer algo de impacto regional, pois não é todo mundo que pega a estrada do litoral.
E carnaval? Ah, essa questão é discutível. Dizer que não temos perfil não convence, hoje em dia o perfil se faz. Vejam Bezerros, ganhou para si a fama de cidade dos Papangus, mas recordo que essa brincadeira se estendia a várias cidades do interior. Aqui mesmo, há algum tempo, se brincava de Papangu também, era simples e de rua, como outras atividades populares a exemplo de malhar o Judas, na semana santa. O que era brincadeira virou a maior festa popular de Bezerros, tratada com seriedade e profissionalismo, inserida no calendário turístico pernambucano.
E Garanhuns? Estamos investindo no Jazz, que tem trazido bons rendimentos de mídia e para os setores impactados pela presença dos turistas, mas continuo acreditando que não devemos abdicar do nosso carnaval. Aliás, dois carnavais. Um de rua, povão, para a massa brincar o seu carnaval. E outro voltado à junção com o Jazz, seria o Carnaval Lírico de Garanhuns, com a presença em nossa cidade de atrações em nossa cidade como o Bloco das Flores, Bloco da Saudade, Madeira do Rosarinho, etc, e com o incentivo para a criação de novos blocos por aqui.
É uma sugestão, quem sabe na semana pré-carnavalesca para fugir da concorrência das festas já tradicionais, sendo mais fácil para conseguir mídia e atrair turistas.