Nos Estados Unidos os presidentes quando deixam o poder, geralmente, se afastam também da vida político-partidária, a grande maioria adotam uma causa e correm o mundo defendendo alguma coisa. Exemplos mais recentes são Jimmy Carter, em ações humanitárias, representando seu país, Bill Clinton segue na mesma linha e Al Gore, que foi vice-presidente e candidato derrotado tem um trabalho desenvolvido na área ambiental.
Aqui no Brasil é diferente, muito diferente, não que seja melhor nem pior, mas os ex-presidentes continuam participando ativamente da vida pública. Vejamos, Collor, mesmo extirpado do poder, voltou e é senador. Sarney continua, ou melhor, nunca deixou o poder. Itamar também, poderia já ter vestido o pijama.
Dos exemplos mais recentes, somente Fernando Henrique deixou a presidência e não se candidatou a mais nada, embora nunca tenha deixado de dar seus pitacos e interagir com o seu sucessor através da mídia eletrônica em críticas diretas, respondidas por Lula como se Fernando Henrique fosse o causador dos males do Brasil, embora a população reconheça que foi no seu governo que se estabilizou a economia e começaram os programas sociais para a população de baixa renda, intitulados de bolsa-isso, bolsa-aquilo, que se tornaram o grande programa assistencial do governo petista e alavancou o partido, princialmente no Nordeste, aliado a um forte investimento desenvolvimentista que priorizou ações para tornar o país mais igual, a estratégia deu certo, O Brasil vive hoje um momento estável e a vida das pessoas está melhorando, com mais oportunidades de educação e trabalho.
Voltando a FHC, pois bem, o ex-presidente está inaugurando uma fase meio norte-americana, a de escolher uma causa e usar seu prestígio em defendê-la. Fernando Henrique, que governou o País entre 1995 e 2002, é presidente da Comissão Global de Políticas sobre Drogas e presidiu os debates realizados durante dois dias em Genebra.
O nosso ex-presidente tem defendido a descriminilização das drogas, diz ele - "É preciso descriminalizar o uso de todas as drogas, pois nenhuma política de combate às drogas vai funcionar se não houver também informação e educação. Somente assim as pessoas irão dispor de elementos para usar sua liberdade e para saber que as drogas causam danos", acrescentou.
Além disso, o ex-presidente afirma que os dependentes de drogas devem ser considerados doentes e, por essa razão, devem ter acesso a tratamento médico, bandeira levantada pela comissão, uma vez que tal ação reduziria os danos individuais e sociais.
Lula também pode ter os holofotes do mundo se buscar a defesa das nações subdesenvolvidas, sob dois âmbitos, o econômico e o social, principalmente no combate à fome.
A verdade é que NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESSE PAÍS tivemos ex-presidentes respeitados lá fora, Agora com FHC, por sua formação e aproximação com grandes lideranças, e Lula pela sua história de superação e os resultados impressionantes do seu governo, o mundo abre espaços para ouvir o que eles têm a falar.
E quanto a FHC, a questão não é se ele está certo ou errado, não é o mérito do que ele defende, mas ouvir seus argumentos, pois é visto que as políticas públicas estão falhando no combate ao narcotráfico e as cadeias estão cheias de usuários, enquanto os grandes traficantes estão em seus jatinhos e iats luxuosos.
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Sob informações do JC ONLINE