Esta segunda-feira marca a escolha dos melhores do mundo no futebol. No feminino a nossa rainha Marta foi escolhida pela quinta vez. No masculino deu Messi, do Barcelona e da Argentina. Mas em todos os sites o que se fala é o contrato de Ronaldinho Gaúcho com o Flamengo.
Antes é bom dizer que tem dois tipos de jogadores que voltam da Europa para atuar em times brasileiros. Os que estão na decadência de final de carreira mas que ainda dão um caldo por aqui, querendo jogar vão até os 40, 42 anos. Vejam exemplos recentes como Ronaldo, Roberto Carlos e Marcos Assunção. A segunda categoria é daqueles que esqueceram o futebol por aqui e precisam recuperar a forma pra depois voltar pra lá. Aconteceu com Robinho, Adriano, Zé Roberto, Ricardo Oliveira, etc. Vêm, jogam bem, e despertam novamente o interesse europeu.
Ronaldinho Gaúcho tá no meio disso tudo. Se voltasse a jogar bola, escolheria o time do mundo pra jogar. E olha que o homem só jogou em time bom! Mas parece que Ronaldinho tirou o foco do futebol. Hoje tá mais preocupado com outras coisas, e perdeu o trem da história, idêntico a Adriano. Em forma e jogando o que jogam, ou deveriam jogar, seriam titulares absolutos da seleção brasileira, mas hoje não são nem dos seus clubes. Farras, mulheres, muito dinheiro, mais dinheiro, festas, dinheiro, celebridades... E no Rio de Janeiro então!!! A mídia de lá precisa desses caras, aí faz deles semi-deuses como se tudo pudessem. Como se estivessem acima do bem e do mal. Aliás, dizem que tem o dedo da Rede Globo na escolha pelo Flamengo. Nem Grêmio, nem Palmeiras. Ronaldinho agora, sempre foi Rubro-Negro, vai beijar escudo e tudo!
Vai ser garoto-propaganda, desfilar em carro aberto dos bombeiros, escolas-de-samba, comemorar gols de pênalty, mandar beijinho pra titia, aparecer com loiras e morenas em flagras na praia, etc... Mas, e a bola??? ah, a bola, esta é apenas um detalhe num contrato que vai render (pasmem!) R$ 1,2 milhão pro dentuço. Assis, irmão e agente do jogador fez um leilão pra ver quem pagava mais, numa total falta de ética, expondo clubes e dirigentes. Ronaldinho não será perdoado por gremistas e palmeirenses. E quem vai pagar a conta? Todos nós. Contratos de patrocínios altíssimos que poderiam estar sendo democraticamente investidos em modalidades esquecidas no Brasil, ou até mesmo na retomada dos clubes quebrados alijados do clube dos treze e da CBF, que está quebrando o futebol nacional num privilégio aos clubes do eixo Rio-São Paulo.
Vivemos a virada dos investimentos. Ingresso não banca mais time. Jogador é pago pelo patrocinador. Ronaldinho será pago para aparecer, e quanto mais melhor. Enquanto isso Messi ganha dinheiro jogando bola. E Marta, coitada, ganha lá seus trocados no país do futebol, mas muito longe do mundo das cifras do futebol profissional masculino que cada vez mais se vê longe dos gramados para investir na mídia e no marketing. Tem muita gente ganhando dinheiro e pouca gente jogando bola!
